sexta-feira, 18 de outubro de 2013
O debate é para instruir ou para rebaixar?
Vejam o vídeo acima.
Discutem-se os limites entre a liberdade de opinião e de expressão e o direito à privacidade.
Essa é uma discussão interminável.
Existe desde que se assentaram os conceitos que dão uma enorme, fundamental e básica relevância ao pluralismo e à diversidade, que são ínsitos a uma sociedade que vive sob égide do Estado Democrático de Direito.
Mas esses conceitos também convivem com um outro: o que sustenta o direito do indivíduo de preservar o seu círculo íntimo, que não pode ser invadido por ninguém em circunstâncias capazes de denegrir sua honra, sua imagem e expô-la a constrangimentos e estigmas que podem se tornar irremovíveis.
Esses dois âmbitos começam a ser discutidos amplamente a partir da iniciativa de um grupo de artistas - Chico Buarque, Roberto Carlos, Caetano Veloso e Erasmo Carlos, entre eles - favoráveis à preservação de um dispositivo do Código Civil que condicionaria a publicação de biografias à prévia autorização do biografado.
A questão é muito complicada. Que o digam Paula Lavigne, produtora, e Barbara Gancia, jornalista.
Neste excerto do "Saia Justa", o programa exibido pela GNT, não aparece um tema mais palpitante, digamos assim, que se travou entre as duas.
Travou-se entre elas o seguinte diálogo:
- Barbara, você é gay assumida, né?
- Sou.
- Qual é o nome da sua namorada?
- Marcela.
- Ela não vai se sentir bem vendo eu perguntar isso, é disso que estou falando, você não está entendendo na teoria e agora viu na prática como é ruim ter a privacidade invadida!
O debate está descambando para esse nível, meus caros.
E ainda é só o começo.
Mas ainda vamos ver, e ouvir, e ler muito mais.
Tomara que a diversidade que nos instrua, e não nos rebaixe.
Tomara.
A Bárbara Gância, ao contrário do que a Paula Lavigne esperava, respondeu e continuou tranquilamente a conversa.
ResponderExcluirNa boa.
Não houve revanche nem réplica.
E que sigam os debates, saudáveis que são.
Quem não gosta de debater idéias são os/as cumpanherus/as; eles se acham os donos da verdade e não aceitam nem sabem perder.
Mas, " Não é proibido proibir" ?
ResponderExcluirhahahaha Era.