segunda-feira, 4 de março de 2013

Joia do Pará brilha no legado de Almir Gabriel

Do Blog São José Liberto

A valorização reconhecimento do trabalho artesanal, a conquista da identidade da Joia do Pará e a criação do Espaço São José Liberto, onde funcionam o Polo Joalheiro, o Museu de Gemas do Pará e a Casa do Artesão, são importantes realizações de Almir Gabriel, que governou o Pará entre 1995 e 2002, e faleceu no último dia 19 de fevereiro, aos 80 anos. 

Para Hécliton Santini Henriques, presidente do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) há 15 anos, o trabalho de Almir Gabriel foi fundamental para o fortalecimento e fomento do setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos no Estado do Pará. Opinião compartilhada por designers, ourives, artesãos, representantes de entidades de classe e demais profissionais da cadeia produtiva de gemas e joias.

Bracelete Déco Amazônico, criação da designer Marcilene Rodrigues.FOTO João Ramid
A criação de uma Escola de Joalheria do Pará, voltada para a valorização da joia artesanal e da cultura da Amazônia, sintetiza a diretriz do Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas e Metais Preciosos do Pará, lançado em 1998 pelo Governo do Estado, e gerenciado no Espaço São José Liberto desde 11 de outubro de 2002, data de sua inauguração, ocorrida durante o segundo mandato do ex-governador.

“Programas pioneiros deste tipo, por sua abrangência e magnitude, só obtêm êxito com o apoio decisivo do governo em seu mais alto nível. O ex-governador Almir Gabriel entendeu a importância do setor de gemas e joias para o Pará e conferiu ao programa alta prioridade, tornando-o realidade. Hoje, o Polo Joalheiro do Pará, com sede no São Jose Liberto, é um exemplo para os demais Estados produtores do Brasil”, ressalta Hécliton Santini, que acompanhou todo o processo de implantação do projeto de gemas e joias.

O Programa Polo Joalheiro, como também é conhecido, é mantido pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), tendo como gestor o Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama). Por meio dele, são promovidas ações de qualificação e acesso a novos mercados para designers, ourives, lapidários, artesãos e produtores de embalagens artesanais. 

Júlia Mendes, presidente da Associação de Joalheiros do Espaço São José Liberto (Ajepa), criada em 2007, destaca que o Programa incentiva e valoriza o trabalho de artesãos, ourives, lapidários, produtores e demais profissionais. Segundo ela, produtores e clientes do Programa Polo Joalheiro foram incentivados a se organizar em associação para, entre outros objetivos, preservar o Programa que gerou tantos benefícios sociais, como a geração de emprego e renda, a formalização e a especialização da mão de obra desse segmento produtivo.

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