Não tem a menor sustentação, o menor amparo a argumentação de cartolas remistas, de que o técnico Flávio Lopes instilou o desânimo na equipe quando começou a advertir, dias antes do Re-Pa amistoso de domingo passado, que o Leão não estava preparado para a partida.
Ora, contem outra.
Contem urgentemente.
O treinador é um profissional.
Sendo profissional, presume-se que não seja irresponsável.
Sendo profissional e responsável, presume-se que tenha o dever, a obrigação de alertar a diretoria sobre as condições da equipe para um jogo sem importância, um mero caça-níquel, um mero evento para fazer caixa, neste período em que não se conhece o destino das Séries C e D.
Pois foi o que Flávio Lopes fez.
Advertiu, alertou, avisou que o Remo não estava preparado.
E agora é tido como inconsequente.
Como um comandante que jogou a toalha por antecipação.
É?
Então vejamos o cenário seguinte.
Flávio Lopes constata que o time não está preparado para enfrentar o Paysandu.
Mesmo assim, diz para quem quiser ouvir: "Vamos para o jogo. De qualquer maneira. Com o time bem ou com o time mal".
O Remo vai para o jogo.
E leva uma goleada.
A torcida, nessas circunstâncias, isentaria Flávio Lopes de culpa?
Reconheceria nele o comandante que não desiste, que não entrega os pontos, que não desanima, mesmo que o time, manifestamente, estivesse ainda despreparado, desentrosado para jogar um clássico, ainda que amistoso?
Hehehe.
Aos cartolas - sobretudo os incomodados - que estão destroçando o Remo, vale repetir: contem outra.
Contem urgentemente outra.
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