De um Anônimo, sobre a postagem Um assalto na praça. Com revólver e tudo.:
Minha solidariedade ao poster! Já enfrentei o drama e sei bem como é o turbilhão de coisas horríveis que passa pela nossa mente nesses breves instantes.
Defendo a ideia de que, hoje, só nos resta evitar exposições públicas como essa, que nos deixa vulneráveis aos malfeitores.
Fim de semana, meu amigo, eu tenho medo - a palavra é exatamente essa, medo - de colocar os pés na rua. Só o faço em caso de necessidade mesmo. Até porque resido numa das periferias citadas pelo amigo das 10:46 aí de cima.
Pobreza e exclusão social justificam o aumento da violência? Em parte, apenas. Fato é que existe um estímulo na programação televisiva para a prática do mal: novelas, filmes e programas sensacionalistas formam um verdadeiro "Manual do Crime", ensinando passo a passo como roubar, sequestrar, estuprar, matar.
Engraçado é que, depois, essa mesma mídia cobra das autoridades uma solução. Com que moral?
Veja a nova novela das 21h, por exemplo: a trama gira em torno de vingança. Ok, ok, educar crianças e jovens é dever da família e da escola, todos sabemos. Mas o papel da mídia na educação também é relevante, não pode ser menosprezado.
O caminho para mudar essa realidade não é a censura, mas a iniciativa espontânea dos próprios agentes produtores de entretenimento.
Desculpe se misturei um pouco os assuntos, é porque eu realmente acredito que tudo está interrelacionado.
O tal anônimo deve achar que Conde de Monte Cristo foi uma novela.
ResponderExcluirMinha solidariedade ao poster. Se fizerem uma pesquisa por Belém e perguntarem quem já foi assaltado ou teve um parente ou amigo vítima da violência, com certeza o resultado será terrível. Em um final de semana, pela manhã, presenciei um assalto na Batista Campos, inclusive com um estampido de uma pistola. Felizmente ninguém foi atingido, mas de lá pra cá penso duas vezes em ir com minhas crianças para esta praça que antes era tão família. Saudades dos tempos sem esta violência que afronta nosso olhar. Eu já fui vítima deste infortúnio com menores gritando em meu ouvido aquele jargão: "Perdeu, perdeu doutor". Perdi a paz e até hoje ouço o ecoar desta frase. Sonho para meu filhos e netos com uma Belém de outrora. Com um país de primeiro mundo, pelo menos, sem essa violência tão extremista.
ResponderExcluirIsso é a segurança que Jatene iria,iria,melhorar. Esse governo medíocre e sem rumo ainda vai durar 2 anos e 9 meses antes de mostrarmos nossa revolta.
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