segunda-feira, 5 de março de 2012

Continuidade da intervenção terá resistências na OAB-PA

Haverá reações - e fortes, para não dizer fortíssimas -, caso a intervenção na Seccional paraense da OAB seja prorrogada.
Na última sexta-feira, o Espaço Aberto informou que o processo ético-disciplinar a que responde o presidente afastado, Jarbas Vasconcelos, é um empecilho para que a intervenção termine no final de abril, ao se completarem os seis meses estabelecidos pelo Conselho Federal.
Tudo indica, no entanto, que o Conselho Federal muito provavelmente deverá estender o processo interventivo, agora não mais por razões jurídicas, mas por razões políticas, e já considerando-se que não há a menor possibilidade de o processo ético-disciplinar ser concluído em abril.
Ouvido pelo blog, o presidente-interventor, Roberto Busato, muito embora reconhecendo que Jarbas Vasconcelos, em tese, poderia voltar ao cargo, com amparo no princípio da presunção de inocência, fez ponderações que insinuam a possibilidade em sentido contrário, ou seja, da continuidade do processo interventivo.
"Mas será que haverá clima [para a volta de Jarbas]? Haverá condições de convivência entre o presidente Jarbas, se eventualmente voltar ao cargo, e uma diretoria cuja maioria é contra ele. Haverá condições de restaurar um clima de entendimento entre os grupos que, até a intervenção, estavam em confronto?", indagou Busato em conversa com o blog.
Nesta final de semana, o Espaço Aberto conversou com alguns advogados que já está colhendo elementos para se opor, até mesmo judicialmente, se necessário, contra a continuidade do processo de intervenção, caso venha mesmo a ocorrer.
Argumentam que, a rigor, a intervenção nem deveria ter ocorrido, eis que o negócio jurídico consistente na venda de um terreno para o advogado Robério D'Oliveira, móvel de todo o angu que incendiou os ânimos na OAB paraense, já havia sido desfeito quando o Conselho Federal decidiu decretar a intervenção e, além disso, instaurar o processo ético-disciplinar.
Os advogados ouvidos pelo blog admitem, no entanto, que dificilmente haverá condições de reverter qualquer decisão que prolongue a intervenção, até porque, em novembro deste ano, a OAB vai renovar sua diretoria.
E esse fato seria, justamente, mais um fator que reforçaria a necessidade de manter a Ordem sob intervenção, com base no argumento de que não haveria condições políticas nem para Jarbas Vasconcelos nem para outro dirigente local administrar paixões que, muito provavelmente, vão elevar novamente a temperatura na entidade, quando o processo eleitoral efetivamente começar.

8 comentários:

  1. Anônimo5/3/12 07:23

    DEVEMOS RESGATAR O PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
    Precisamos resgatar o respeito ao princípio democrático o quanto antes. Foi o princípio democrático, isto é, o voto direto dos advogados paraenses que escolheram de forma livre, transparente e de modo limpo, Dr. Jarbas Vasconcelos para presidir a OAB do Pará até 2012. E conforme o Dr.Busato,disse ele,"EU JÁ TINHA CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO. QUANDO CHEGUEI, O PROBLEMA DO TERRENO{DA OAB DE ALTAMIRA, VENDIDO PARA UM CONSELHEIRO DA PRÓPRIA OAB PARAENSE, QUE DEFLAGROU TODO IMBRÓLIO, CULMINANDO COM A INTERVENÇÃO PELO CONSELHO FEDERAL} JÁ TINHA SIDO RESOLVIDO.O NEGÓCIO HAVIA SIDO ANULADO", ou seja,o presidente Jarbas Vasconcelos., honrando o voto da advocacia que o elegeu já tinha anulado o ato. Vamos baixar as armas e resgatar o princípio democrático. Pois, a continuar a intervenção e esse clima beligerante,nas próximas eleições não vai comparecer uma viva alma para votar. A OAB do Pará não é propriedade de ninguém.A intervenção já deveria ter acabado ontem. A intervenção nasceu de razões políticas e, caso continue,vai continuar a alimentar ,como tem alimentado, um clima de crescente animosidade na advocacia paraense.

    ResponderExcluir
  2. Anônimo5/3/12 10:13

    INTERVENÇÃO PNEU FURADO
    Desde o começo dessa intervenção, determinada em sessão secreta e bem longe da advocacia paraense militante neste Estado continental,já era para desconfiar. Foi o que me externou dois ex-presidentes da OAB do Pará que também já exerceram o cargo de conselheiros federais em mandatos anteriores. A ex-conselheira e ex-presidente, inclusive, afirmou que encontrar um inimigo e enxergar conspiração são, desde tempo memoriais,manobras clássicas de quem pretende desviar a atenção de seus reais problemas. O problema, completou o ex-conselheiro e ex-presidente também da nossa OAB é que o tiro pode sair pela culatra. Não sei se ele estava brincando, só sabemos é que realmente o tiro saiu pela culatra, pois o pneu furado da intervenção apresenta muitos furos, tapa um, abre outro todo dia e toda semana.

    ResponderExcluir
  3. Anônimo5/3/12 10:54

    O PT e o PV acabaram com a OAB...

    ResponderExcluir
  4. Anônimo5/3/12 11:12

    Senhor interventor: O PT e o PV acabaram com a OAB! Fique, por favor...

    ResponderExcluir
  5. Anônimo5/3/12 12:07

    Nem PT ou PV, quem accabou com a OAB foi justamente os argumentos furados e arquitetos da intervenção desastrada. E quem são e onde estão?

    ResponderExcluir
  6. Anônimo5/3/12 13:09

    Se o PT e o PV acabaram com a OAB, eles que vão se ...

    ResponderExcluir
  7. Anônimo5/3/12 18:33

    A turma dos depostos estão ameaçando os conselheiros federais que vão votar e Ophir Cavalcante! Ainda não aprenderam que não adianta ameaçar...

    ResponderExcluir
  8. Na mão, informante.
    Abs.

    ResponderExcluir