“O município de Belém tem pleno conhecimento da necessidade de restauração do Palácio Antônio Lemos. E mais, chegou mesmo a iniciar os serviços na cobertura do Palácio, serviços esses que, na própria afirmativa da Fumbel, continuam sendo executados de maneira irregular”, argumenta o MPF na ação.
problemas no Antônio Lemos começaram justamente no forro do gabinete do prefeito, que passou a apresentar infiltrações e manchas nas paredes em 2006. Em duas vistorias, em 2006 e 2007, o Iphan constatou que “a cobertura de toda a edificação encontra-se em estado precário de conservação, apresentando telhas quebradas, peças estruturais comprometidas, sistemas de captação e escoamento de águas pluviais danificado, que vem ocasionando infiltrações constantes nos forros de quase todos os ambientes do pavimento superior”.
Na época das primeiras vistorias, a prefeitura admitiu o problema ao Iphan e inclusive apresentou laudos da Fundação Cultural de Belém (Fumbel) e do Corpo de Bombeiros que mostravam a necessidade de reformas na cobertura do prédio. As obras de restauro, cinco anos atrás, foram orçadas pela própria prefeitura em R$ 3 milhões e, de acordo com as informações enviadas ao MPF, deveriam ter começado em dezembro de 2007.
Nos anos de 2008 e 2009 o MPF permaneceu monitorando o andamento das obras, que sofriam constantes atrasos. Em 2009, um grupo de professores da rede pública de ensino municipal enviou correspondência ao procurador Potiguar informando o estado de abandono do Museu de Artes que funciona no Palácio.
Após várias evidências de interrupção nas obras, nova vistoria foi feita no ano passado (2011) pela própria Fumbel, que confirmou: “os serviços de restauração da cobertura do Palácio Antônio Lemos continuam sendo executados de maneira irregular, comprometendo a qualidade e a funcionalidade dos materiais empregados na reforma, além dos prejuízos irreversíveis ao bem tombado”.
A ação civil pública foi proposta ontem (14/03), tem como réu o Município de Belém e pede imediata conclusão das obras de restauro e conservação do Palácio Antônio Lemos. Ainda não tem numeração processual.
Fonte: Ministério Público Federal
DOS BASTIDORES DA NOTÍCIA
ResponderExcluirRealmente, as constantes mudanças ocoridas nas equipes rsponsáveis pelo diagnóstico, renderam grande confusão em relação à reforma do palácio Antonio Lemos. Por outro lado, o Governo Federal tem contingenciado 7 milhões de reais por conta de problemas técnicos no seu laudo e em sua perícia. Apesar de já terem visitado o palácio por diversas vezes, as equipes de Brasília sempre encontram novos problemas quando retornam à capital. Segundo informações da grande imprensa, a reforma anda e pára, sempre por conta de imbróglios federais. A fim de não perder o recurso da reforma, cerca de 7 milhões de reais, a PMB, segundo consta, realiza trâmites em regime de urgencia na capital federal. A prova de que a PMB esta levando muito a sério a questão é que a denúncia do MPF esta embasada em relatório da própria FUMBEL. Abrcs
Carlos de Saron
Não é nenhuma novidade o abandono do prédio , afinal, o "inquilino" nunca aparece por lá.
ResponderExcluirMora mais em Brasília.
Vão querer que ele se preocupe com goteiras no forro da sala onde nunca está?
Daí que deixa essas "bobagens de patrimônio" para um dos seus, digamos, "assessores de imprensa" (risos).
Segue a Belém abandonada. Próxima "ação" por favor.