segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Duciomar e o guincho: ele faz mal até quando tenta fazer bem

O guincho da CTBel de Duciomar: o prefeito huno faz mal até quando tentar fazer bem. E ainda há quem o aplauda, ora.
Olhem só.
Vocês nem imaginam.
Há quem aplauda Duciomar Costa em Belém.
O prefeito huno, aquele que protagoniza o feito de ser o pior gestor dos quase 400 anos da História em Belém, talvez não aplauda nem a si mesmo.
Mas há quem o aplauda.
Trata-se de um Anônimo, que passou por aqui e, na postagem O guincho "arrupia". Uma razia. Na Doca e arredores., deixou o seguinte comentário.
Um comentário dos mais, digamos assim, enternecedores.
Diz o assim, o Anônimo:

Caro jornalista,
Todo mundo, principalmente você, esculhamba com o prefeito e com a CTBel porque o trânsito em Belém está cada vez pior. Agora, quando providências enérgicas são tomadas para minimizar o problema, vocês acham que está tudo errado. Da minha parte, aplaudo o Duciomar e a CTBel.


Hehehe.
Olhe, caro Anônimo, o poster está quase convicto de que guincharam a sua percepção.
Está quase certo de que guincharam a sua acuidade.
Está apostando que guincharam a agudeza de espírito que lhe seria necessária apenas para concluir, por exemplo, que dois mais dois são quatro. Simples assim.
Olhe, Anônimo, régua e compasso na mão.
Vamos tentar fazer o desenho como o desenho deve ser.
Anônimo, entenda uma coisa: Duciomar Costa faz mal até quando tenta fazer bem.
Fora de brincadeira.
Caro Anônimo, aguce a sua percepção, recolha-se à mais profunda atenção e leia novamente, com olhso de querer ver e entender, a postagem sobre o reboque de veículos.
Se o fizer, você vai ver coisas assim:

[Funcionária pública federal] Foi fazer pilates na Almirante Wandenkolk. Parou seu carro na Doca, entre Governador José Malcher e João Balby. Eram uma 18h30. O guincho passou por lá e levou o carro. A alegação: o veículo estaria no local reservado a uma parada de ônibus. Ela diz que não.

Viu, Anônimo?
O Espaço Aberto apenas relatou as versões dos proprietários de carros guinchados.
Como não pôde ouvir a CTBel, não considerou definitivas as versões dos proprietários.
O blog, portanto, ao dizer que o guinho estava arrupiando, não fez juízo de valor sobre se a empresa responsável pelos reboques estava ou não com a razão.
Agora, o blog fez sim, Anônimo, um questionamento sobre os procedimentos dessa empresa - que está ganhando os tubos dos cofres públicos -, quando se trata de demonstrar inequivocamente a suposta infração cometida pelos proprietários de veículos.
Olhe, Anônimo: queremos ordem no trânsito.
Queremos trânsito em ordem.
Mas é preciso que isso se faça dentro de parâmetros que não pareçam uma transgressão.
Porque, parece, está ocorrendo isto: a título de combater uma transgressão, a CTBel, por meio de sua empresa que faz os reboques, está cometendo uma transgressão; ou outras transgressões, quem sabe.
Ora, Anônimo, onde já se viu você ter o seu carro rebocado e não ter uma prova da empresa de que você estava parado em local proibido?
Anônimo, é uma pena que você não tenha se identificado.
Mas leia a ponderação, feita na mesma postagem, pelo leitor Yúdice Andrade:

Parece que gente do gabinete do prefeito andou comentando por aqui...
Concentrando-me apenas no questionamento que você [o Espaço Aberto] fez, realmente seria muito bom que algum motorista prejudicado ingressasse com uma ação judicial contra a forma do procedimento. Melhor ainda que fosse o Ministério Público a tomar essa iniciativa. Porque assim o Judiciário teria que se pronunciar sobre essa balbúrdia.
Realmente, para assegurar o contraditório e a ampla defesa, alguém teria que comprovar que o veículo estava estacionado em local proibido. Uma fotografia seria um bom meio. Mas sem essa prova, acusando apenas de boca, a penalidade teria que ser revertida em juízo.


Anônimo, é isso.
Não percamos mais tempo com isso.
Ah, sim.
Só mais uma coisa: plec, plec, plec a você por aplaudir (plec, plec, plec) a Duciomar Costa.
Duciomar Costa, não esqueça, Anônimo, é aquele que faz mal até quando tenta fazer bem.
Fora de brincadeira.

4 comentários:

  1. Anônimo6/2/12 07:38

    Caro Paulo. Se no centro comercial de Belém, quisesse fazer a coisa certa, o prefeito de Belém desapropriaria imoveis abandonados para dar mais espaços de estacionamentos.

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  2. Anônimo6/2/12 08:42

    Caro jornalista,
    Ficou bem evidenciado que as suas críticas ao guinchamento não surtiu o efeito desejado: desqualificar a ação da Ctbel. A maioria dos comentáristas aprovou a atitude do governo Duciomar. Economize (você não consegue fazer um texto curto para explicar algo) as palavras e repita comigo: palmas, muitas palmas, ao Dudu!!!

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  3. Anônimo6/2/12 22:04

    Estou de acordo contigo, prezado PB. E acrescento que o uso do guincho é apenas a medida mais extrema a que o Poder Público pode recorrer.

    A CTBEL poderia ordenar o trânsito em Belém, mas não o faz. O trânsito está simplesmente entregue aos flanelinhas que, em meu modesto juízo, deveriam ser presos. Já existe um projeto de lei no Congresso Nacional pedindo a criminalização das ações dos flanelas, foi um projeto apresentado por um deputado do PMDB.

    A CTBEL, quem ninguém viu nem vê, deveria passar à noite na Doca, mais especificamente na Bernal do Couto nº 126, para ver, por exemplo, como estacionam os carros do André Sanduícheria, que funciona sem autorização da própria CTBEL (coisas do huno que nos governa, tomando aqui emprestado a feliz expressão por ti criada).

    Mas um pouco adiante, na mesma rua, foi inaugurado um bar sem que oferecesse aos seus seletos (e mal educados) clientes um estacionamento. Resultado: caos nos finais de semana com carros estacionados no meio da rua, em fila dupla, tripla e quadrupla. E a CTBEL, por onde anda?

    Duciomar é um desastre, sofremos por causa de sua incúria, despreparo, bem como outros "atributos" que não convém citar aqui.

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  4. Anônimo7/2/12 09:30

    hehehhe, a classe média de Belém acha que tem o direito inalienável de usar o carro quando e como bem quiser. Pedestre não pode andar nas calçadas, ciclistas não podem circular nas vias próprias, porque o carro - esse objeto de status e poder - é soberano. Nas grandes cidades, para circular de carro particular no centro paga-se pedágio!! Eu sou a favor do guincho, das araras e dos redutores de velocidades porque o alto índice de mortalidade no trânsito já comprovou que "campanhas educativas" não estão resolvendo. Por fim, não sou eleitora do Dudu, apenas uma cidadã indignada com a salvageria do transito belenense.

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