terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Duda viajou. Ele volta ou não volta?

A viagem do marqueteiro Duda Mendonça para Salvador, de onde se encontrava ausente desde que efetivamente começou a propaganda eleitoral do plebiscito no rádio e na televisão, acendeu o pavio das especulações de que ele já teria "jogado a toalha", a seis dias da decisão, nas urnas, sobre a criação de dois novos Estados, a partir da divisão territorial do Pará.
Foi essa expressão - "jogar a toalha" - que o comandante em chefe da Frente Contra a Divisão do Estado de Carajás, deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB), usou explicitamente em sua página no Fecebook. "Duda Mendonça, o publicitário baiano contratado pelos separatistas, jogou a toalha e já voltou para a Bahia", diz o parlamentar, em postagem feita no último domingo à noite.
Em rápida conversa por telefone com o Espaço Aberto, ontem à noite, o deputado federal Lira Maia (DEM-PA), da Frente que defende a criação do Estado do Tapajós, garantiu que não passam de boataria os comentários de que Duda Mendonça teria debandado da campanha.
Outro integrante da Frente assegura que o marqueteiro de fato viajou, mas ficou de voltar ao Pará ainda hoje, para se reintegrar à camapanha e comandá-la até o último minuto dos descontos da prorrogação, se isso for necessário.
Mas há quem garanta que Duda não volta mais. Até porque, como a campanha no rádio e na TV termina nesta quarta-feira, os 27 minutos de direito de resposta a que o governo Simão Jatene terá direito virtualmente já decretaram o fim da campanha do "Sim". E Duda Mendonça, dessa forma, nada mais teria a fazer o Pará, a não ser acompanhar o resultado do plebiscito.
E isso ele pode fazer à distância.
Em Salvador.
Em Portugal.
Ou até na Polônia, quem sabe...

3 comentários:

  1. Francisco Sidou (jornalista)6/12/11 09:15

    Caro PB,
    A fonte é "quente". Soube que, em recente reunião no hotel 5 estrelas onde Duda se hospeda quando vem a Belém, ele teria desancado os patronos da causa do SIM,dizendo-lhes que nunca viu tanta burrice daqueles que operaram a divisão no mapa do Pará, deixando 17% do território com o dobro da população e de eleitores dos hipotéticos estados de Tapajós e Carajás. A sede de poder foi tanta que os ávidos "mapistas" separatistas acabaram sendo vítimas da própria "armação". Foi nessa reunião, sexta-feira à noite que Duda teria comunicado a seus patronos que ele nunca teve vocação para perder e que a "causa" estaria perdida, atribuindo a culpa aos "estrategistas" que bolaram o mapa da divisão, "que, pelo visto, não sabiam nem fazer conta" - teria dito o "mago" Duda Mendonça ao jogar a toalha.

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  2. É a questão da distância. Belém está muito longe, mas muito longe de Salvador... eh, eh, eh!

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  3. Acho que o Duda prestou um grande serviço ao Pará, dando uma lição de marketing político : ele ( o marketing ) não elege ninguém e muito menos uma idéia, uma causa, como foi o plebiscito em nosso Estado.
    E deu outra lição mostrando aos empresários do sul do Pará que investir errado causa o maior problema no que eles tem o maior dos apegos : o próprio bolso.
    A campanha do Sim foi ruim do primeiro ao último momento. Todo pessoal que ele trouxe de fora foi pago a pesso de ouro, só que não conhecia nada de nosso Estado. Vá em paz, Duda e volte sempre que quiser. Pra perder.

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