O advogado Edilson Santiago começa daqui a pouco, a partir do meio-dia, uma greve de fome em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, em Belém. Segundo ele, será um protesto não contra a intervenção decretada há dez dias pelo Conselho Federal da Seccional paraense, mas para demonstrar a insatisfação dos advogados do Pará contra o estágio a que chegou a entidade no Estado.
"Que fique bem claro: não somos contra a intervenção. E não estamos nem de um lado, nem de outro. Nós estamos a favor da OAB. A greve de fome que eu vou iniciar é para mostrar a irresignação dos advogados do Pará contra esse estado de coisas", disse Santiago.
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Presidente do Instituto de Defesa dos Advogados do Pará e ex-presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-PA, Santiago explicou que a greve de forme também será uma forma de expressar a contrariedade dos advogados paraenses contra a designação, pelo Conselho Federal, de um advogado de fora, no caso o ex-presidente nacional Roberto Busato, catarinense radicado no Paraná, para funcionar, nos próximos seis meses, como presidente-interventor.
"Nada temos contra o dr. Busato. Ele é uma figura da maior respeitabilidade. Mas nós sómos 18 mil advogados no Pará. Nos temos gente em condições de resolver os nossos problemas", acrescentou Santiago.
A decisão de fazer a greve de fome não foi apenas dele, isoladamente. Tem o apoio de um grupo de advogados, a maioria deles criminalistas, entre os quais Osvaldo Serrão, que preside a Academia Paraense de Júri.
"Nós já vínhamos maturando essa ideia havia algumas semanas. Entendemos que é preciso exigirmos uam restauração da ordem na Ordem. A greve, nesse sentido, será um protesto não apenas contra a deterioração na imagem da entidade, desde que estourou esse escândalo todo [decorrente da venda de um terreno em Altamira para o advogado Robério D'Oliveira], mas para demonstrar a nossa insatisfação contra a designação de uma pessoa de fora para funcionar como interventor, sem conhecer as nossas peculiaridades. Como se não tivéssemos aqui gente em condições de resolver os nossos problemas. Por isso, todos nós estaremos ao lado do dr. Edilson Santiago, apoiando-o nessa greve de fome", explicou Serrão, em contato telefônico com o blog.
Bom dia, caro Paulo:
ResponderExcluirnão, não entro no mérito do que acontece com a OAB. Acho apenas estranho o apoio do Dr. Serrão, cujos notórios atos cívico/profissionais foram a defesa da ínclita desembargadora Murrieta e a garantia do habeas corpus para Sérgio Duboc, para responder processo "em liberdade". E haja liberdade.
Abração, Paulo.
ADVOGADOS!NOSSO VOTO NÃO VALE NADA!
ResponderExcluirIntervenção e/ou Diretoria provisória, seja lá a ideologia e/ou o interesse político em jogo,O FATO É QUE ISSO NA ESSÊNCIA,isso que importa,É UM FLAGRANTE ATO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO.Podemos até imaginar se a moda pegar, toda vez que as Seccionais de cada Estado fazerem uma administração correta e proba que desagrade certas pretensões politicas serão logo objeto de intervenção pelo conselho federal...Já imaginaram...Com efeito, nosso voto que elegeu por maioria Jarbas Vasconcelos para presidir a OAB-PA pelo triênio até 2012 NÃO VALEM ABSOLUTAMENTE NADA....A advocacia paraense está de LUTO!A DEMOCRACIA BRASILEIRA ESTÁ DE LUTO!
Sinceramente, essa medida interventiva só tem um imediato objetivo:enfraquecer ao máximo a atual gestão para inviabilizar disputar à reeleição. Vejamos que tudo nessa medida é desproporcional:1.A intervençao,por si só,além de CÍNICA, é inconstitucional, ilegal e imoral;2.O tempo determinado para a intervenção é exagerado, 6 meses; 3. Ano que vem, por volta de outubro a novembro, haverá eleição novamente;4.Parte dos integrantes do grupo interventivo fizeram e fazem parte do grupinho que maculou a atual presidência alimentando o Jornal o Diário do Pará do Jader Barbalho com informações depreciativas da OAB-PA;
5.É por estas razões dentre outras que a maioria da advocacia brasileira, 99%, quer eleição direta para os membros da diretoria do Conselho Federal da OAB.Está mais que na hora de acabar com eleição indireta para a escolha da diretoria da OAB nacional;6.Esse mesmo Conselho federal que em SESSÃO SECRETA determinou a intervenção na nossa OAB-PA, logo em seguida, em sessão seguinte também IMPEDIU QUE FOSSE REALIZADO PLEBISCITO no Brasil entre os Advogados Brasileiros para saber se queriam eleição direta para a Diretoria, cinco cargos. Vejam a que ponto chegamos:quem é eleito indiretamente determina intervenção e interventores e, além do mais, obstruem a consulta democrática.
Deve ser terrível para a categoria de advogados, que sempre se posicionou contra os regimes excessivos (intervenção), se curvar a uma intervenção por aqui. Resta aos advogados contrários a esse regime fazer valer o voto. O mais sensato seria nomear uma comissão eleitoral para escolher uma nova direção. Nunca uma intervenção. Diante disso a sociedade caminha calada e triste. É lamentável essa intervenção em pleno século XXI.
ResponderExcluirApoio ele nessa greve de fome até o fim!!!
ResponderExcluirComo assim, dr. Santiago, 18.000 advogados??? Precisa conhecer melhor a OAB pra pretender ser presidente provisório. O senhor já está em campanha pra suceder o Jarbas?
ResponderExcluirNOTA DE APOIO
ResponderExcluirComo advogado criminalista, presidente do Instituto Jurídico
Roberto Parentoni – IDECRIM - e membro da seção da OAB/SP, venho me solidarizar com os advogados Paraenses, nas pessoas dos colegas Dr. Osvaldo Serrão e Dr. Edilson Santiago, neste momento delicado, dejesando que sejam ouvidos os reclames e respeitados os direitos de todos eles. Que impere o bom senso por parte do Conselho Federal, dentro do Estado Democrático de Direito - pelo qual a OAB lutou para ver manifestada na época da Ditadura em nosso país -, alcançando-se a tão almejada Justiça.
Roberto Parentoni
Presidente do IDECRIM
www.idecrim.com.br
A classe dos advogados ficará melhor sem alguns em seus quadros, aguardem, processos disciplinares neles TODOS!
ResponderExcluirsó a Bia das 10:53 não sabe o quanto é digno, necessário e indispensável o trabalho de um criminalista na defesa intransigente de seus clientes.
ResponderExcluirBia, o mundo é redondo. Ninguém lhe deseja, mas caso um dia precise para si ou para outrem, de sua família e/ou amigos, será a primeira a reconhecer o trabalho profissional dos criminalistas. Baterá na porta de um dos melhores e lá estará um ícone criminalista, o próprio Dr. Serrão, ou outro do mesmo naipe, ilustres advogados criminalistas.
Bia, acredite, só em tese é que a desgraça acontece na vida dos outros.
A GREVE ACABOU! E AGORA JOSÉ?
ResponderExcluirBom dia, caro Paulo.
ResponderExcluirBom dia, caro Anônimo das 15:48.
Agradeço seus votos para que eu não precise de um advogado, seja ele criminalista ou não. Eu também assim desejo.
O que mais estranho, sempre, nessas grandes causas é exatamente o que você destaca: a defesa intransigente do cliente. Seja ele quem for, tenha feito ele o que fizer.
Foi assim que manifestei minha opinião e a mantenho. E, se algum dia eu precisar de um criminalista, tenho certeza que há no mercado e na vida excelentes advogados que prezam a defesa dos seus cliente e a justeza da causa que abraçam.
Abração, Paulo.
Bia, 05:49, só para arrematar, nenhum advogado criminalista é tolo; ele estuda o caso, e conclui que o seu cliente pode ser condenado ao cumprimento de uma pena máxima, por exemplo, de 30 anos. O núcleo de seu trabalho (defesa intransigente de seu cliente) residirá que o cliente seja condenado à pena mínima prevista para o(s) crime(s) de que acusado. Toda e qualquer pessoa, inclusive as autoras de crimes bárbaros, têm direito a uma defesa técnica e julgamento justo. Isso é totalmente diferente do julgamento que em alguns casos é feito pelo "tribunal midiático." Deu para entender?
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