Alberto de Paula Machado, vice-presidente da OAB nacional: alhos e bugalhos, culpados e inocentes, joio e trigo no mesmo saco |
E não se espantem se a parada chegar às tribunas do Congresso, sob tons pra lá de estridentes.
Se chegar, será a primeira vez que isso acontece, desde que estourou o angu da venda do terreno em Altamira para o advogado Robério D'Oliveira, um processo marcado por supostas irregularidades que deixaram no gatilho a abertura de processo ético-disciplinar e a possibilidade de intervenção do Conselho Federal na Seccional da entidade no Pará.
O relatório da diretoria nacional, favorável à decretação da intervenção e da abertura de processo ético-disciplinar, é que incendiou os ânimos de um grupo de conselheiros da Ordem no Pará, sobretudo os que decidiram se afastar provisoriamente do Conselho, até que a questão se resolva.
Mas ninguém, entre os insatisfeitos, acredita que a parada terá um desfecho - deslinde, diriam nossos preclaros juristas - que verdadeiramente eleve, que dignifique e confirme as melhores tradições da OAB, como entidade que historicamente sempre esteve na vanguarda de iniciativas de grande apelo popular, sobretudo as que condenam a corrupção.
A percepção geral entre os rebeldes da OAB é de que tanto as conclusões da comissão de sindicância, presidida pela corregedora nacional Márcia Melaré, como as conclusões constantes do relatório da diretoria nacional, produzido pelo próprio vice-presidente nacional, Alberto de Paula Machado, e por mais dois diretores, confundiram alhos com bugalhos, misturaram culpados e inocentes, não distinguiram os que dissentiram dos procedimentos irregulares dos que com eles compactuaram, enfim, um verdadeiro angu, na real e exata acepção do termo.
O resultado, entendem os conselheiros rebeldes, é que a intervenção não será decretada e os verdadeiros responsáveis pelas irregularidades não serão afastados nem mesmo temporariamente, enquanto durar o processo de apuração, enquanto outros conselheiros se sentiram moralmente forçados a se afastar, por não vislumbrarem condições de convivência com a diretoria remanescente da OAB.
Tem mais: os rebeldes estão certos de que a rejeição da intervenção manchará indelevelmente a imagem da Ordem e a descredenciará, daqui por diante, de figurar na linha de frente de manifestações quaisquer que cobrem o apuro ético, a transparência e a inteireza moral de administradores, sobretudo e principalmente os gestores públicos.
Por isso é que resolveram, os rebelde da OAB, partir para uma espécie de tudo ou nada.
Acham que o angu daqui deverá, digamos assim, ser apimentado, ser tingido de contornos nacionais, para não deixar dúvidas a ninguém sobre quem é joio, quem é trigo nessa história toda.
Agora lascou. Vão pedir ao jader barbalho e ao mario couto para discursar sobre etica e moralidade.
ResponderExcluirNão vai dar em nada !
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