Então é assim.
Não deveria ser, mas é.
Em Tucuruí, o Hospital Regional está, com o perdão do trocadilho, de mal a pior.
Vejam aqui esta tuitada: "Os movimentos sociais de Tucurui me procuram pra acionar o Estado contra o estado de calamidade do Hospital Regional".
Esse é o advogado Ismael Moraes registrando, em seu Twitter, a revolta do pessoal de Tucuruí.
E a ação - uma civil pública - virá mesmo, se ninguém tomar providências.
Essa situação calamitosa, vale ressaltar, não é de hoje.
Vem de meses.
Vem de anos.
Em março de 2011, o Espaço Aberto fez aqui uma postagem intitular, justamente, Calamidade em Tucuruí.
Vejam abaixo o que um leitor mandou dizer:
No Hospital Regional de Tucuruí, os servidores estão sendo obrigados a escolher quem não deve morrer, deixar de atender a alta complexidade para atender a básica, que é de responsabilidade do município.
A prefeitura embolsa o dinheiro das AIH's e o Hospital Municipal está fechado. Todas as cirurgias são feitas no regional. As grávidas estão perdendo seus bebês e morrendo de parto, as cesarianas estão amontoadas em uma sala só. O risco de infecção hospitalar é enorme.
Falta tudo dentro do Hospital Regional: remédios, leitos, lençois e até médicos. Um exemplo do absurdo: o anestesista em plantão no Regional é o mesmo na escala do municipal e da urgência, colocando em risco a vida dos pacientes. Pior é que ele já tem 70 anos, a atividade requer agilidade e capacidade de concentração apurada para uma sala de cirurgia, imaginem tocar duas ou três salas ao mesmo tempo. A clínica cirúrgica está lotada de pacientes principalmente de ortopedia e um médico à disposição ganhando e sem operar. A situação é catastrófica. Os postos de saúde estão sucateados, até aparelhos para medir pressão não há, sequer remédio para febre.
Os dentistas passam um tempão sem fazer nada por falta de luva. O povo vai para os postos de saúde à noite e fica a madrugada toda na chuva, para poder pegar uma ficha e na hora o médico não aparece para a consulta. A dengue e a malária proliferam.
Os prestadores de serviço de laboratório e clínicas credenciados não recebem os recursos do SUS por falta de repasse pela prefeitura. Por isso o comércio local não vende para saúde, ambulâncias seminovas totalmente sucatadas estão enferrujando nos pátios de oficinas mecânicas e em um cemitério no fundo do hospital municipal, que fechou porque não tinha remédio, material para procedimentos cirúrgicos, nem comida para os pacientes.
Isso foi em março, repita-se.
Já estamos em setembro.
E tudo continua como dantes.
Em agosto de 2009, ainda no governo Ana Júlia, o então deputado estadual Gualberto Neto foi à tribuna e descreveu um cenário desolador do hospital. Confira aqui.
Quem haverá de socorrer o povo de Tucuruí?
Quem socorrerá Tucuruí? Os deuses Paulo; certamente!
ResponderExcluirPB
ResponderExcluirÉ chegada a hora do Dep Jordy que é o patrono da SESPA de chamar à ordem esse problema, pois o Município se individou em muito para ajudar a eleição do Deputado, e agora é a hora de cobrar esse apoio.
Aqui, todos éramos obrigados á trabalhar e pedir voto para o Dep Jordy, que dizia que era o responsável pelo mandato do Prefeito
O problema é que no Pará não tem Deputado Estadual, não são eles que deveriam fiscalizar o Governo do Estado?
ResponderExcluirO problema maior e no Hospital Regional de Conceição do Araguaia ondeinstalou-se uma verdadeira quadrilha comandada pelo PSDB local, vergonhosa a situação com notas frias e materiais nunca usados ou recebidos mas pagos com dinheiro publico. basta verificar no www.portaldatransparencia.pa.gov.br, a cidade toda acompanha mas não pode fazer nada o MP não funciona nem a SESPA fiscaliza.
ResponderExcluirRegina Lima
Curioso o comentário do anônimo das 14:18: pergunto: por que os que sabem disso não vão à Praça Pública em Tucuruí cobrar pela Representação confiada a ele!
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