terça-feira, 23 de agosto de 2011

"Sim" ao Tapajós. "Não" a Carajás.

De um Anônimo, sobre a postagem “Sim!” a quê, cara pálida?:

Fico feliz com o debate das idéias trazido pelos blogs. Este blog tem sido pródigo. Morador de Belém, tenho defendido junto à minha família a defesa do Sim (77) para os que vivem no Oeste do estado. Mas para Carajás, não. As realidades são completamente diferentes. Falo porque conheço 105 municípios dos 144 existentes ainda no Pará. Por falar no assunto, o Governo atual perdeu uma grande oportunidade de fazer uma campanha subliminar na última semana que antecedeu ao único feriado do Pará, que preconizava a sua adesão à Independência. Perdeu o bonde da história.

10 comentários:

  1. Volto a insistir ao administrador do blog, meu contraditório. Por acaso nessas regiões não existem prefeitos, vereadores e deputados eleitos? O que eles fizeram pelos municípios? Afinal eles não são governo? Continuo afirmando, caso o problema fosse tamanho, Sergipe e Alagoas seriam o paraiso, mas parece que o administrador do blog não quer colocar isso,como ja tentei no contraditório democrático.

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  2. Sou belenense e não sou egoísta.

    Voto sim para o Estado do Tapajós, porque será uma despesa a menos para o Pará e menos gastos para o Estado do Pará. Esse movimento é legitimo e já dura há séculos.

    Voto não a Carajás, porque não vou entregar de bandeja a Serra de Carajás, a Hidrelétrica de Tucurui e as mineradoras.

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  3. O Estado do Tapajós precisa ser emancipado para ter mais investimentos e crescimento.

    A criação do Estado do Tapajós sempre foi um ponto central da pauta de reorganização territorial e administrativa da imensidade amazônica.

    Fruto da revolta de sua ocupação predatória, e com a “ausência do Estado” na região amazônica, a idéia do Estado do Tapajós é um projeto antigo, que tem percorrido toda a história da nossa região amazônica.
    Uma região de tamanho continental, que abriga numerosos povos indígenas, comunidades tradicionais e diferentes culturas.
    Com a pobreza e a falta de desenvolvimento persistindo para a maioria da população.

    Por isso, a presença do Estado, ainda que seja como agente regulador, torna-se imprescindível.

    Ainda mais no Pará, que mesmo detentor da maior economia da Amazônia, é o Estado com os piores índices de desmatamento e de desenvolvimento humano da região norte.

    Mais uma vez, comprovando a “ingovernabilidade” do seu enorme território, o que torna imprescindível a necessidade de sua redivisão territorial, com a criação de duas novas unidades federativas (Tapajós e Carajás).

    O TAPAJÓS QUE QUEREMOS
    No Estado do Tapajós, o movimento de emancipação nasceu e cresceu sob três grandes pressupostos básicos:

    O isolamento geográfico;
    O abandono político;
    e as vantagens econômicas da emancipação,
    elementos esses, que sempre fizeram parte da retórica emancipacionista de diferentes gerações.

    A “ausência do Estado” foi o motor do anseio popular para a divisão do estado.

    Em primeiro lugar reafirmando a Identidade Comum de nossa população com seu território, que hoje representa um conjunto de 27 municípios, unidos pelo mesmo perfil, social, econômico e ambiental.

    Uma identidade social e cultural construída historicamente, que solidifica e unifica a região.

    Em segundo lugar, prezando para a Sustentabilidade Socioambiental da grande região oeste do Pará, com uma significativa população nativa, mestiça e oriunda dos processos de colonização da região.

    Uma sustentabilidade associada aos valores humanos e na redução da pobreza e das desigualdades sociais; que preserve valores, tradições, e as práticas culturais regionais do Estado do Tapajós.

    Um novo Estado, que deverá se basear nos princípios da democracia e da participação, acima dos interesses oligárquicos e de grupos políticos que historicamente vem dominando a política e o poder no Pará.

    Um estado descentralizado, que não reproduza os vícios que tomaram o Pará e sua capital Belém, o centro monopolizador dos recursos públicos.

    Um Estado que deverá ser a negação de todos os malefícios e práticas políticas que historicamente foram os percalços para que o Estado do Tapajós não se desenvolvesse e o povo não fosse feliz.

    Queremos um Estado do povo para o povo, representativo de toda a população do Oeste do Pará, nas suas diversas formas de organização cultural e composição demográfica.

    Um Estado presente, atuante, indutor de políticas que promovam a justiça e a equidade, em oposição a ausência do Estado na região.

    Um projeto de Estado com dimensões menores, com a responsabilidade de formar novas lideranças para administrá-lo, sem o qual não superaremos o jogo de dominação que persiste nas regiões do Brasil e da Amazônia em particular.

    Enfim, temos o desafio de lutar pelo Estado do Tapajós sedimentado em valores modernos de democracia e sustentabilidade social, ambiental, econômica e cultural, que prisma pela “sustentabilidade” e não por um “crescimento” a qualquer custo.

    Um projeto de reorganização territorial que sempre esteve no imaginário de toda a população do Oeste do Pará.

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  4. Os políticos paraenses são assim mesmo: perdem o bonde, o ônibus, o táxi, a bicicleta... Podes reparar: eles nunca se movimentam, como bancada, em torno de coisa alguma. A exceção são os impactos da Lei Kandir, mas mesmo assim demorou até que alguém se mexesse. E nem são tão diligentes assim.
    Em suma, fazem política voltados para as próprias carreiras, de olho em benefícios pessoais. O Pará é apenas um detalhe. Depois reclamamos que outros Estados conseguem muito mais do que nós.
    Com uma representação no Executivo e no Legislativo dessas, querias o quê?

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  5. O problema não é o tamanho, mas o nosso desinteresse (nós de Belém) por aquelas regiões. Se transferir a capital prá lá, duvido que a populacão local apóie a divisão.

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  6. Apóio a tese da diminuicão da despesa, mas quem dá mais despesa é Carajás, devido aos intermináveis problemas político-econômico-sociais, por isso, se tivesse que escolher um, escolheria Carajás. Uma operacão de reintegracão de posse em fazendas do sul e sudeste custam uma fortuna para o governo do Estado. Além disso, temos afinidade cultural apenas com os mocorongos.

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  7. O ESTADO DO TAPAJÓS NÃO É PARÁ.

    Quando queremos emancipar do Pará , não é somente por causa do desgoverno estadual e sim também porque o próprio paraense do Pará é diferente do paraense do Estado do Tapajós…
    A história do Pará é diferente da história do Tapajós…
    E por último porque a nossa permanência agregada ao Pará foi imposta por séculos…....
    Voto 77.

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  8. O ESTADO DO TAPAJÓS JÁ EXISTE , BASTA SER EMANCIPADO !


    A falta de respeito é tão grande que somos tratados como uma esposa cansada de apanhar e que pede separação:
    O governo vem aqui com “flores e presentes” fingindo nos valorizar para nos fazer voltar atrás em nossa decisão de emancipar o Estado do Tapajós.
    Não é um ato de generosidade que faz de um avaro um generoso.
    O estado do Pará teve centenas de anos para nos valorizar.
    Nós nos valorizamos e somos mais do que “interior”.
    Já somos Tapajonenses em nossos corações.
    O Estado do Tapajós já existe.
    Só precisamos que isso seja oficialmente reconhecido.
    Queremos o direito de nos desenvolvermos, de caminharmos com nossas próprias pernas.
    E sinceramente, se a emancipação fosse para benefício de nossa elite, o que não é, prefiro a elite daqui do que a de Belém.
    Pelo menos a daqui eu vou poder fiscalizar e cobrar.
    Aquela que fica a mais de 800 km é mais difícil.
    A assembléia legislativa do Pará tem poucos representantes do oeste do Pará.
    Com a emancipação teremos 100% de representantes da região:
    Garantia de legislação voltada exclusivamente aos nossos interesses.
    E ainda, duvido que tenhamos tanta gente assim em nossa elite que dê conta de todos os cargos públicos, quem vai governar este estado serão representantes do povo, com certeza.
    Quem defende esse pensamento de interesses elitizados por trás da emancipação, não sabe do que está falando.
    Seu discurso é medíocre e não deve ser levado em conta.
    A emancipação será a solução para nossos problemas com certeza.
    Não a curto prazo, mas será.
    Talvez, solução até para o Pará.
    Quem sabe seremos uma opção de crescimento para os belenensens cansados da violência e desemprego da capital.

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  9. Não se trata de escolher, se trata de desenvolvimento.
    Os dois devem ser emancipados para os três serem desenvolvidos, Tapajós, Carajás e Pará remanescente.
    É hora de ganhar força na região amazônica e atrair mais investimentos.

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  10. Nas propagandas do não, dizem que é tudo perfeito que o pará está perto de ser a 3ª economia do Brasil, que é o melhor nisso, naquilo, etc. Mas não olham para a nossa necessidade aqui no sul do estado. Não temos Hospitais, Estradas, Faculdades, Segurança, etc. Sei que lá tambem tem essas dificuldades, mas por não quererem perder a Serra dos Carajás ou algo mais, preferem viver na precariedade. Temos que buscar melhorias, e com a divisão podemos conseguir melhorar e muito a condição que vivemos. Esperamos muito a compreensão de vocês, que poderiam nos ajudar a mudar a história do Perá, que não é de hoje vem sofrendo com a desigualdade e o abandono por parte dos governantes. As mineradoras, a serra, a usina de Tucurui, e etc, são várias coisas que temos aqui, mas que de nada tem adiantado, pois continuamos do mesmo jeito, entra ano e sai ano tudo do mesmo jeito. É hora de revolucionar e transformar de forma democrática essa situação. Vamos votar SIM.

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