Conselheiros da OAB do Pará que se opõem - alguns abertamente, outros nem tanto e os demais apenas e tão somente reservadissimamente - aos procedimentos que a direção da Ordem tem adotado, desde que consumada a venda do imóvel da Subseção de Altamira para o advogado Robério D'Oliveira, contabilizavam ontem à noite qual o cacife deles na sessão ordinária de hoje, do Conselho Estadual, que vai debater a partir das 17h as consequências desse angu sem precedentes na história da entidade.
Pois a contagem de votos, um por um, sinalizava que de 13 a 15 conselheiros, dos 33 aptos a votar na sessão de hoje, estariam propensos a aprovar deliberações que, certamente, poderiam contrariar as que vierem a ser propostas pelos demais, supostamente favoráveis às pretensões de, pelo menos, parte da direção da entidade.
Um dos testes será a aprovação das atas de reuniões passadas do Conselho, que discutiram - com maior ou menor profundidade - questões relativas à venda do imóvel de Altamira ou mesmo deliberaram a respeito do assunto.
Haverá, sem dúvida alguma, questionamentos rigorosíssimos em relação à sessão de 29 de junho, que a presidência da Ordem aponta como aquela em que o Conselho não apenas autorizou a venda do imóvel como chancelou relatório lido na ocasião pelo secretário-geral da entidade, Alberto Campos, aprovando a alienação do terreno em Altamira para o advogado Robério D'Oliveira no valor de R$ 301 mil.
Conselheiros afirmam que os aúdios dessa e de outras sessões em que se discutiu o assunto, se ouvidos integralmente, haverão de confirmar que houve questionamentos, inclusive, quanto ao quorum necessário para tomar deliberações daquela natureza.
Conforme o clima da sessão de hoje, é possível que os debates nem passem daí, tão acirrados e demorados eles se prenunciam.
A situação é grave e requer a consciência primeira que não se trata de um jogo de futebol, um placar de quem leva mais, e sim toda a história da Ordem, o seu papel perante a sociedade e o seu compromisso com a bandeira da ética e da transparência.
ResponderExcluirOu será um....UFC no tucupí, hein?!!
ResponderExcluir"A situação ... requer a consciência primeira que não se trata de um jogo de futebol ... e sim toda a história da Ordem ... e o seu compromisso com a bandeira da ética". Belas palavras !!! Só que os envolvidos deveriam ter pensado nisso na hora de legalizar o imóvel e correr para vendê-lo para um dos Conselheiros...
ResponderExcluirO Conselho Federal vai pedir a gravação dessa sessão de hoje, para depois recomendar quem deve responder a processo disciplinar. Quem defender essa maracutaia, tá ferrado.
ResponderExcluirAnônino das 11:39, defender a ética e a transparência é para todos sim, e se o atual presidente não agiu assim, que seja afastado.
ResponderExcluirÉtica e transparência inclusive para a oposição.