A informação do Espaço Aberto, de que o Ministério Público Federal já está, há muito mais tempo do que se imaginava, conduzindo investigações sobre as fraudes na folha de pessoal da Assembleia amplia ainda mais uma certa convicção, entre vários segmentos do Legislativo, de que a CPI para passar toda essa parada a limpo é inevitável.
No fundo do fundão, segundo o blog tem ouvido em conversa com alguns deputados, vários só não resolvem abrir logo o jogo e assinar o requerimento de Edmilson Rodrigues (PSOL), propondo a CPI, porque acham que o presidente da Casa, Manoel Pioneiro, ainda se faz merecedor do crédito de confiança que os próprios líderes lhe prometeram, há cerca de umas três semanas.
Na ocasião, as lideranças se reuniram com Pioneiro e anunciaram que era necessário apurar as fortes suspeitas de maracutais na movimentação de milhões para pagar salários de servidores. Mas ponderaram que as investigações deveriam se limitar ao âmbito de uma comissão de sindicância, que foi logo instaurada pelo novo presidente.
A grande questão, todavia, é que até mesmo entre os deputados que sustentam ser necessário esperar os resultados dessa sindicâncaia há quem não aposte, como se dizia d'antanho (toma-te), como se dizia antigamente, um vintém de mel coado nela.
Por isso é que as coisas parecem se encaminhar para que os partidos encampem, mais cedo ou mais tarde, a ideia da CPI. Apesar de saberem todos que aprová-la significará, inevitavelmente, pôr uma azeitona - das grandes - na empada de Edmilson, candidatíssimo, desde agora, a prefeito de Belém na eleição do próximo ano.
Bemerguy,
ResponderExcluirÉ aquela história de que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.
Quer ver?
Se houve crime contra contra a ordem tributária em desfavor dos interesses da União, todos os demais que lhes forem conexos serão igualmente julgados pela Justiça Federal (Sumula 122 do STJ).
Se houve crime contra o sistema financeiro nacional, ai sim é que a competência é da JF, conforme determinado na Lei 7492/86.
O MPF está com a faca e o queijo nas mãos, inclusive para análisar eventual omissão sobre quem deveria apurar administrativamente e não o fez, com finalidade de satisfazer interesse próprio ou de outro, cujo julgamento também é deslocado para a Justiça Federal, desde que os fatos sejam conexos.
A grande questão é saber o motivo pelo qual estão tentando incriminar somente a administração do PMDB (Juvenil), quando a acusada, Mônica Pinto, serviu, no mesmíssimo cargo, a vários deputados.
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