sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

“Os bons políticos devem reagir. Precisam reagir."

De um Anônimo, sobre a postagem Amazonino é Amazonino. Está tudo explicado!:

Principados feudais e políticos profissionais, será mera coincidência?
Eis uma faceta, uma perversa faceta do sistema político brasileiro.
Um sistema que admite de tudo um pouco. Ou de tudo, um tudo.
Os exemplos narrados no post revelam de tudo um pouquinho ou um muito mesmo:
Do voto eleitoreiro.
Do voto comprado.
Do voto trocado por uma dúzia de “talbua – é assim que o analfabeto fala – ou por uma “perereca” (a popular dentadura).
Do voto do curral eleitoral.
De rédea.
De Cabresto.
Do voto obrigatório.
Do voto do analfabeto.
Mas também de políticos profissionais e de seus mosqueteiros (cabos eleitorais).
De políticos corruptos e de seus esquemas de corruptíveis de proteção.
Das leis que legitimam e não condenam situações dessa natureza.
Na Grécia antiga – aquela dos notáveis filósofos pré-socráticos e na pós-socrática), eram obrigatórias algumas virtudes aos homens para que fossem alçados à condição de HOMEM PÚBLICO: a coragem, a prudência, a temperança, a ética, a justiça.
Eram as chamadas virtudes cardeais.
A política e o político tinham que ter (e viver e ser) essas virtudes.
Pelos fatos narrados no post – ao que indica – os dois políticos desconhecem essas virtudes cardeais.
Mas, sua majestade (o eleitor soberano – soberano??? Hahaha...) tem culpa nisso. Tem muita culpa. Sua culpa é capital.
Se o voto fosse consciente. Se não houvesse venda de votos. Se não houvesse troca. Ahh..., as coisas seriam um pouco diferentes. Bem diferentes. Os exemplos de post seriam diferentes. Ou começariam a mudar. E para melhor.
Quem tem dúvida de que é possível mudar, experimente mudar. Mudar para melhor. Mudar com ética e com justiça.
Com toda força teleológica dessas palavras: ética na política, justiça e bem-estar-sociais.
Respeitadas as épocas próprias, e guardadas as proporções, dois casos narrados, relembram os principados medievais.
Lá, o poder político era hereditário (herança familiar, nobreza, fortuna e proteção da igreja). Tinham castelos, símbolos do poder. E súditos temerosos. Era a receita soberana do poder absoluto.
Eram os principados quem davam as cartas.
Cá, hoje, políticos profissionais têm mansões, símbolo da riqueza acumulada. E povo preso ao cabresto do curral eleitoral. De geração em geração, passa-se o bastão politiqueiro da família. E a rede de poder e de influência republicana se espalha. Como uma praga! É a receita contemporâneo do poder politiqueiro que atravessa gerações.
E hoje também os políticos profissionais dão as cartas.
Principados medievais e políticos profissionais, será mera coincidência? Ou será mais um capítulo da história da dominação politiqueira?
Mas os bons políticos devem reagir. Precisam reagir. A sobrevivência democrática depende de vocês. A sociedade consciente precisa se mobilizar. O fortalecimento das conquistas democráticas depende dessa consciência organizada das ruas.
Que tal começando por acabar com o voto do analfabeto e com o voto obrigatório?
Que tal acabar com os privilégios de suas excelências e fixar apenas uma remuneração que não agrida a consciência social?
Ou quem sabe fazer da representação política apenas um relevante serviço público? Ou quem sabe limitar período (dois mandatos apenas) para suas excelências (vereadores, deputados e senadores)? Prefeitos, governadores e presidentes já têm essa regra.
E quem sabe criar um período de quarentena, como já criaram para os juízes (proibindo-os de advogar por um certo período na mesma área de jurisdição em que atuaram como magistrados).
Os bons políticos podem pensar nisso. Podem propor e lutar por isso no Legislativo. A sociedade consciente deve exigir isso. É preciso retirar da política os políticos profissionais e todas as suas raízes maléficas.
Vejam o que está acontecendo no Oriente Médio.
O aviso vem das ruas. Bate às portas. E não precisa chegar em nossos quintais.
Não precisamos ser o próximo Oriente Médio à moda latina.

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