sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Para que servem as alianças? E para quem?

As caixinhas de comentários aí pelo blog estão atopetadas, estão o talo de indignadas manifestações contra alianças que, de um lado e de outro, os leitores consideram repugnantes, repulsivas e absolutamente injustificáveis.
O exemplo mais citado até agora é a surpreendente adesão do ex-governador Almir Gabriel à campanha da governadora Ana Júlia (PT).
De fato, alianças assim surpreendem, ainda que sejam previsíveis.
Mas Suas Excelências os candidatos e os políticos de um modo geral estão pouco se lixando para coerências.
É que eles têm o verbo, a palavra, o vernáculo, têm, enfim, um dicionário inteiro à disposição para se justificar.
Justificando-se, tentam justificar como legítimas as alianças que fazem.
Enganam-se.
Há alianças moralmente condenáveis.
Podem até ser legítimas como parte de estratégias para alcançar o poder.
Mas são moralmente inadmissíveis.
São moralmente repulsivas.
São moralmente repugnantes.
E não venham – Suas Excelências – com essa de que certas alianças são pelo, digamos, “bem do Pará” ou pelo “bem do povo”.
Putz!
Que bem?
Que Pará?
Alianças são feitas pelo bem de que pretende alcançar o poder.
Apenas e tão somente pelo bem desses.
E o resto que se lixe.
É assim.
É mais ou menos assim.

Um comentário:

  1. Chega a ser deprimente a posição do Almir que diga-se de passagem que o admirava muito, é triste que um político de seu naipe se dobre agora a essa situação de traído pelos amigos, e carente por espaço.... vão os anéis que fiquem os dedos;;;;

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