O maestro santareno, o Dororó, faleceu nesta quinta-feira (28), em Santarém, aos 90 anos de idade. Nasceu em 1919. Completaria 91 anos em 13 de dezembro próximo. Era irmão do maestro Wilson Fonseca, o Isoca. O corpo está sendo velado na igreja do Santíssimo e o sepultamento, após missa, será às 15h desta sexta-feira. A foto acima foi retirada do Blog do Jeso.
Há alguns dias, o maestro estava hospitalizado. Ontem, não resistiu a uma parada cardíaca. Dororó deixa viúva Madalena Santos Fonseca, com quem teve quatro filhos: José Wilde, José Agostinho, João Paulo e Benedito Augusto. No primeiro casamento, Dororó teve dois filhos, José Augusto, que já é falecido, e Bernadete.
Músico, professor, escritor e maestro, Dororó era membro da Academia de Letras e Artes de Santarém. Estudou o primário no Grupo Escolar de Santarém (atual “Frei Ambrosio”) e o 2º grau no Colégio Álvaro Adolfo da Silveira. Na Universidade Federal do Pará, núcleo de Santarém, licenciou-se em Letras do 1º grau, no ano de 1982.
Foi funcionário do SESP e trabalhou durante 23 anos no Banco do Brasil, por onde se aposentou. Lecionou nos colégios Santa Clara, Álvaro Adolfo da Silveira, Rodrigues dos Santos, Seminário São Pio X e Dom Amando.
É o escritor santareno mais reeditado. “Santarém Momentos Históricos”, o livro mais procurado pelos estudantes do primeiro grau para pesquisa, está na sua quarta edição, revista e aumentada. Escreveu também “Rudimentos de Teoria Musical e Solfejo” e a “História do Colégio Dom Amando e da Congregação dos Irmãos de Santa Cruz no Brasil”. Também é autor de “Folclore em Santarém”, que abora as nossas tradições, costumes, crenças e superstições dos santarenos.Dororó foi regente e co-fundador do “Coral de Santarém” e da “Filarmônica Municipal Prof. José Agostinho”. Em Vitória (Colégio Sacré Coeur), Cuiabá (Universidade Federal de Mato Grosso) e São Paulo (Universidade de São Paulo – USP), participou de Painéis Funarte de Regência Coral.
Oi Paulo,
ResponderExcluirEstenda à família do Mestre Dororó meu pesar pelo falecimento do nosso professor de música, fui sua aluna no Santa Clara e tenho boas lembranças dessa época.
Fraternalmente.
Mary Cohen
Estou em Santarém, para o sepultamento do tio Dororó (Wilde Fonseca).
ResponderExcluirEm sua homenagem, eu compus esta música, cuja letra transcrevo adiante.
Depois da Missa de corpo presente, na Igreja do Santíssimo, em Santarém (onde foram prestadas diversas homenagens, inclusive pela Filarmônica Prof. José Agostinho e pela Orquestra Jovem Maestro Wilson Fonseca), eu depositei a partitura desta obra musical (inclusive a letra), no ataúde de meu querido tio Dororó, a exemplo que fiz com a Valsa Santarena nº 51 ("Lira Iluminada"), que compus em homenagem a meu saudoso pai Wilson Fonseca (maestro Isoca):
MARCAPASSO
(chorinho)
Música e letra: Vicente José Malheiros da Fonseca
(Belém-PA, 02.08 e 05.08.2007)
Neste chorinho
Que bate emoção
Já nem sei
Que dizer
Sigo o meu coração
Que pulsa
Do lado
Esquerdo
Do peito
No passo
Do choro
Que canto
Sem jeito
Sei que é preciso te falar, como não,
Cada compasso marca passo feliz
Mas o aparelhinho que implantaram logo em mim
Bem que não faz mal, eu vejo as coisas sempre assim
Sigo cantando nesta vida
Como sempre faço
No espaço
No abraço
Sou Dororó
Neste chorinho todo prosa, veja só!
Cuidado, segura, termina em dó...
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Música dedicada ao tio Dororó (Wilde Fonseca), meu padrinho, logo após a sua cirurgia de implantação de marcapasso, em Belém (PA).
Abraços,
Vicente Malheiros da Fonseca.
http://www.trt8.jus.br/juiz/juizes_togados.asp