terça-feira, 29 de junho de 2010

Omissão no PSDB cria precedente para futuras traições

Os tucanos não vão dizer isso, é claro.
Em público, jamais o dirão.
Mas é certo que, se perguntarem baixinho a vários tucanos por que o partido não coíbe a infidelidade declarada, patente, escancarada e pública do doutor Almir Gabriel, o crítico arrependido, ouvirão em resposta, também baixinho, aos sussurros, que o PSDB cometerá um erro – mais um – se deixar passar essa transgressão em branco.
Por quê?
Porque, é claro, a transgressão abrirá um precedente.
Criará uma, digamos, jurisprudência nas hostes (toma-te!) do PSDB.
Se o PSDB se mantiver olimpicamente omisso em relação à infidelidade de Almir, que autoridade terá o partido para dissuadir filiados que, explícita ou dissimuladamente, vierem a cometer futuramente atos de traição ao partido, embarcando em outras candidaturas que não as do PSDB?
Mas uma coisa, vocês sabem, é a resposta aos sussurros.
Outra coisa, vocês também sabem, é o ato concreto.
Aliás, a ex-tucana Adelina Bia Braglia, em comentário sobre a postagem “Ave, doutor Almir. Os que vão ser traídos te saúdam!”, diz que, se não tivesse se desfiliado do PSDB em 1992, entraria com uma representação ou pelo menos uma consulta junto ao Conselho de Ética. “Não posso fazê-lo, mas não duvido que quem possa, o faça”, diz ela.
Aguarde-se.

3 comentários:

  1. Grande Paulo,
    Perfeito. Concordo contigo. Mas, por enquanto, acho que o PSDB vai continuar se fingindo de morto. "Amarelou", de novo, diante do "doutor" Almir. E é ele quem vai decidir a parada. É ele quem vai ditar o que deve fazer o PSDB.
    Sei que é ano de campanha eleitoral, mas não entendo o motivo de tanto "cuidado" para tomada de decisões.
    Enfim, cansei.

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  2. De novo. Paulo, corrije o título aí. Saiu truncadíssimo. (hehehehe)

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  3. Não sei nao, mas acho que o ingresso do Almir Gabriel nacampanha do Dep Juvenil foi um passo mal dado. Pro Juvenil.
    Explico: Derrotar o Almir nas eleições 2006, foi o grande projeto do PMDB e do PT com o discurso de que ele representava o que é de mais retrógrado na política do Pará. E agora?
    O discurso do Almir contra o Jaderéra o que fazia a diferença, tipo o jargão: "no meu palanque não sobe corrupto". E agora o que houve? Agora é ele que sobe no palanque de quem ele chamava de corrupto ou o "cara"não era tão corrupto assim?
    O eleitor do Almir aceita essa aliança ou vai acontecer com ele o que aconteceu com Alacid em 1983, com Xerfan e Socorro em 92, com Jarbas em 94, com Gueiros em 98, ademir em 02 e Gueiros para acabar de vez em 04. Esses ficaram em fragalhos politicamente falando.
    Essa aliança, o eleitor do Almir não vai digerir ....
    mas serve para a vingança pessoal contra o Simão e vai ser bem explorada pelo PT na TV.

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