segunda-feira, 19 de abril de 2010

Quando dois e dois não são quatro...

O negócio é o seguinte.
É o seguinte o negócio.
Quando dois e dois são quatro, não são necessárias maiores explicações.
Mas quando dois e dois não são quatro, haja explicações.
E quanto mais se explica, menos se entende.
Por exemplo: ninguém, sinceramente, está entendendo ao certo esta contratação da Link Propaganda para dar uma mãozinha na campanha do governo Ana Júlia.
Ou melhor: supunha-se que seria para dar uma mãozinha na campanha de Sua Excelência.
Mas dizquedizque, repita-se – não é bem assim.
Meteram a DC3 pelo meio.
A DC3 é uma das agências selecionadas para prestar serviços de publicidade ao governo Ana Júlia.
Pronto. Aí é que complicou mesmo.
O Diário do Pará, em matéria assinada pela repórter Rita Soares, publica matéria na edição deste domingo.
Ali se toma conhecimento pela boca de um dos sócios da DC3, Glauco Lima, que por enquanto – por enquanto, observem bem – não existe um acordo operacional entre as duas empresas.
O que existe, diz o publicitário, é apenas uma negociação – uma negociação, observem bem outra vez – para “atendimento a toda a carteira de clientes”.
Mas como assim?
A carteira de clientes é da DC3?
Mas envolve dinheiro público?
Se envolve, a DC3 vai pagar à Link?
Como é que é essa parada?
Bem.
Aí, vamos para a versão da Link.
O dono da empresa, Édson Barbosa, disse por telefone à repórter que não existe qualquer relação formal entre a Link e a DC3.
Mas disse uma coisa interessante: que a empresa faz estudos para o PT no Estado no Estado e estaria prospectando clientes, sem confirmar se, entre estes, estaria o governo Ana Júlia.
Estudos para o PT?
Prospecção de clientes sem confirmar se o governo do Pará é um deles?
Olhem só: vamos deixar de conversa fiada.
Vocês acham que a Link viria de mala e cuia para Belém apenas com uma expectativa – remota, pálida, improvável – de fazer um servicinho qualquer?
Vocês acham que a Link se instalaria de mala e cuia na sede da Digital, onde também há gente da DC3 instalada, apenas para prospectar clientes?
Vocês acham?
É o que se diz: quando dois e dois são quatro, acabou-se a parada: são quatro e pronto.
Mas quando dois e dois não são quatro...
Haja explicações.

4 comentários:

  1. PB, se o contrato administrativo da DC 3 com o Governo do Estado do Pará autoriza - o que acho difícil! - a subcontratação de outra empresa para executar o serviço para o qual a DC 3 venceu a licitação, então, embora estranho, não parece que ocorra, em princípio, violação ao Estatuto das Licitações (Lei nº 8.666/93).

    Agora, se não há tal previsão para subcontratação de uma empresa estranha ao contrato, então a ilegalidade é flagrante, devendo os órgãos controladores atuarem no caso.

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  2. Eu só não entendo uma coisa: como fica nessa história toda a situação da Vanguarda, do Chiquinho Cavalcante? Não é essa a agência número 1 da propaganda do Governo do Estado e já credenciada, com contrato e tudo, para comandar a campanha da companheira Ana Júlia à reeleição?
    São dúvidas que me vieram acabeça com essa confusão toda com a chegada da baiana LInk.

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  3. PB, isso tudo é disfarce. Então a DC3 dá uma de imcompetente?não é capaz por sí só de fazer a propaganda do Governo(ops!a campanha da governadora), precisa contratar uma empresa de fora?e quanto ela perderia com isso?além de dinheiro(contando com somente o pagamento do estado, já que este é empenhado, a não ser que haja subfaturamento!)perderia também prestígio pois todos saberiam que apesar de aparecer o nome da DC3, quem fez foi a Link. O mal desse pessoal do governo é achar que todo paraense é tapado, só eles são os sábidos, por isso é que a governadora está com índice de reprovação de 73% na região metropolitana de Belém. E não adianta desmetirem que quem é do PT sabe muito bem dessa pesquisa interna!

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  4. PB, sou o anônimo das 12:26, por favor, quero retificar algumas palavras: não é imcompetente e sim incompetente, desmetirem e sim desmentirem.Foi a pressa de digitação ok!

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