No AMAZÔNIA:
O município de Ananindeua, o segundo mais populoso do Pará com quase meio milhão de habitantes, completou ontem 66 anos. A população de vários bairros da cidade, porém, diz não ter motivos para comemorar. As principais reclamações giram em torno de problemas nas áreas da saúde, educação, segurança, transporte, saneamento e meio ambiente, setores que foram esquecidos pela prefeitura da cidade. Nem mesmo a animação garantida pela mundialmente conhecida banda Calypso, contratada para um grande show em comemoração pelo transcurso do aniversário, conseguiu reduzir o sentimento de desamparo dos moradores. Foram muitas as queixas relatadas pelos moradores da segunda maior cidade da Região Metropolitana de Belém.
O autônomo Norteílson Barata, morador da WE 75 da Cidade Nova VI, prefere não lembrar do aniversário ao questionar a falta de saneamento nas ruas do bairro. 'Vamos comemorar o quê? Lixo em nossas portas?', indaga. O autônomo, revoltado, afirma que a prefeitura está em débito com o povo e que não adianta mais cobrar soluções das autoridades. 'Passei o Natal e o Ano-Novo com um monte de lixo na porta da minha casa - presente natalino concedido pelo prefeito', diz. Na porta da casa de Barata há ainda um enorme bueiro aberto há mais de dois anos que exala mau cheiro por toda a rua.
Já o casal Nazaré Cristina e Paulo Barbosa não pretende comemorar o aniversário da cidade natal enquanto a saúde permanecer caótica. 'Não há motivo para festejar. Se pudéssemos escolher trocaríamos a contratação da banda Calypso, mesmo adorando os músicos, pela compra de medicamentos e aparelhos para tratar a saúde de nosso município. O cachê não deve ser menos de R$ 150 mil - ou seja, não resolveria o problema, mas daria para tratar muita gente', afirma Paulo. Cristina, na companhia do esposo, procurou o posto de saúde da Cidade Nova com fortes dores nas costas. Após longa espera foi atendida, mas não pôde fazer um raio-x da coluna porque o equipamento está quebrado. A paciente foi encaminhada para o Hospital do Pronto-Socorro Municipal da travessa 14 de Março, em Belém.
Nem mesmo o meio ambiente - hoje no topo das discussões mundiais - é respeitado em Ananindeua. Segundo avalia o professor Edmílson Freitas, uma nascente de quase 30 anos se tornou uma ameaça para as pessoas que moram próximo do mercado da Cidade Nova VI. O lixo e o mato tomaram conta do local e as águas da nascente, um dos braços do rio Maguari, virou celeiro de doenças como a dengue e a malária. 'No período chuvoso tudo piora e o número de crianças doentes é absurdo. A tubulação que passa pelo canal está precária, a ponto de arrebentar. A prefeitura não dá a menor importância à nascente, e sequer manda capinar', reclama.
Também PB, nesse estado não tem prefeito que faça milagre sem apoio necessário do governo. Prá você ter uma idéia o governo do estado não colocou um centavo da Assistência Social no município que teve de arcar sozinho com as ações sociais e fora as outras coisinhas mais...
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