segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Aonde vai parar Belém com tantos carros?

Se vocês observaram bem, o transporte foi um dos gargalos mais mencionados pelos belenenses, ao relacionarem suas expectativas para este ano de 2010.
Não é para menos.
Belém está afogada, está sufocada pela frota de veículos que se renova a cada mês.
A Região Metropolitana, que inclui Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara, já conta com cerca de 330 mil veículos, segundo os dados mais recentes do Detran.
A média mensal de emplacamentos, no ano de 2009, foi de 3.200 carros.
Aonde vai parar uma cidade com tantos carros assim, hein?

4 comentários:

  1. Paulo, vai parar em...

    São Paulo?

    http://images.uncyc.org/commons/7/75/Transito_Paulistano.jpg

    http://4.bp.blogspot.com/_WUVWfZqvon8/R-gzk8Y63uI/AAAAAAAAB90/hb-ZZn9dQqY/s720/FOTO10005.jpg

    http://www.brunorusso.eti.br/imagem/transito.jpg

    Em Lima, no Peru?

    http://www.atarde.com.br/arquivos/2009/06/108585.jpg

    Em Nova Dheli?

    http://philip9876.files.wordpress.com/2008/07/delhi-jam.jpg

    Vamos parar na China?

    http://www.blogdacomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2008/08/image88.gif

    Em qualquer lugar, por aí?

    http://www.levianos.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/05/engarrafamento.jpg

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  2. Anônimo4/1/10 17:43

    Caro Paulo. Esse assunto é fundamental ser abordado pela imprensa. Muitas vezes vemos as ambu~lâncias "berrarem" e nenhum motorista consegue abrir caminho. Quantos pacientes morrem neste trajeto. Quando é feito algum protesto em uma via, a cidade respira o pandemênio puro. Até quando ? Faltou na campanha política passada, para a prefeitura, competência às equipes de comunicação dos candidatos opositores mostrar o sofrimento dos passageiros de coletivos em suas jornadas absurdas entre a periferia e o centro de Belém. Ninguém ousava tocar neste assunto: o resultado é o caos... E isso não tem mais volta com o carro zero podendo ser pago em até 10 anos. Assim não dá. Assim não pode. Vou me embora para o interlan, tentar viver em cima de um cavalo de aço.
    Sorte para vcs de Belém. Pobre Belém! Saudades de Belém de outrora e dos políticos de outrora que não tive o prazer de ser contemporâneo ( Ajax de Oliveira, Antônio Lemos .

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  3. Anônimo4/1/10 21:50

    Ando pensando nisso. O presente já está ruim, e o futuro? Pelo visto é um problema sem solução se considerarmos:
    1)Todos queremos ter carros. Pela pesquisa do último fim de semana, é o segundo desejo do paraense. Na velocidade que entra carro na cidade, não vai haver lugar para os carros andarem;
    2)Para quem tem um, pensa em trocar por um novo e melhor ou em ter mais um. Como não temos garagens para todos, colocamos mesmo na rua. Aí vem outro problema, pois quem trafega vai tendo mais dificuldade para estacionar, concorrendo para mais engarrafamento;
    3)Mas tem agueles que querem mesmo é ter um carrão - não só no aspecto, um carro com bitolas alopradas - para usarem como escudo, ameaçarem os menores, encherem as ruas, os estacionamentos, um caminho inverso da civilidade. Mais um problema para o fluxo;
    4)O governo não quer que haja demissões e que as vendas de carros parem, então incentiva com redução de impostos e os carros continuam enchendo as ruas;
    5)Os órgãos que cuidam do trânsito, jamais vão olhar o lado do motorista, estão mais preocupados com as taxas, as multas e que o número de carros e infratores aumentem. Ao invés de aumentarem as vagas, diminuem. As vezes começam a cobrar estacionamento - faixa azul. Parece que o proprietário não paga impostos para isso;
    6)A indústria automobilistica, com o boom nas vendas, é a recordista em campanhas promocionais nos veículos de comunicação, e mais carros vão abarrotando as cidades.
    Que sufoco! Como resolver isso?

    ALGUMAS IDÉIAS
    1)Criar opção de transporte coletivo mais confortável e seguro;
    2)Dificultar a venda de carros grandes. Criar critérios tanto na aquisição como no uso. Por exemplo: só compra quem tiver um motivo justificável, como possuir uma Fazenda, Família Grande etc.
    2)Incentivar a o uso de carros pequenos, de preferência menos poluidores, elétricos por exemplo;
    3)Aumentar as áreas de estacionamento, com aproveitamento de prédios sem uso. Poderia ser através de cooperativas. O fato de o motorista ficar rodando para encontrar uma vaga é um fator que contribui para engarrafamentos. As Indústrias poderiam entrar com parte de seus lucros nessa atividade, para continuar vendendo.

    Isso é apenas um "Brain Storm". Quem sabe não aparecerá uma grande idéia?

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  4. Penso que os problemas originados com o inchaço de automóveis, não só nas ruas de Belém mas na maioria das grandes cidades brasileiras é um excelente exemplo dos malefícios que o consumismo irracional provoca na vida das pessoas. Não arriscaria uma solução, todavia não dá para pensar em saída sem uma boa reflexão sobre as responsabilidades que cabe a cada um de nós, sociedade civil, governo e indústria automobilística. Se o Governo não investe, não fiscaliza e não garante transportes coletivos de qualidade ou não promove a utilização de meios alternativos de locomoção como a criação de ciclovias somos praticamente induzidos à noção de que a única saída para darmos conta das inúmeras atividades que a chamada vida moderna nos impõe é adquirindo um carro. Mas só isso não explica este fenômeno. Ao mesmo tempo em que o setor público (Estado e Municípios no caso) é ausente por não investir em transportes público, por exemplo, ironicamente é presente ao facilitar o consumo de automóveis como o que ocorreu com a redução do IPI sobre carros populares (o Governo Federal, neste caso). Não há como negar a importância dessa medida para fortalecer a indústria nacional em tempos de crise financeira , no entanto podemos desconsiderar os efeitos colaterais desse tipo de política?
    Não consigo vislumbrar saída pra valer sem um forte movimento envolvendo os governos, entretanto é preciso que nós, cidadãos, estejamos dispostos a sermos proativos na busca de soluções e que, de fato, sejam os nossos hábitos de consumo que determinem o padrão da indústria e não o contrário. Sejamos mais forte que a propaganda.
    SÉRGIO PINTO

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