terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ser ou não ser: eis uma questão no governo Ana Júlia


Vejam só.
Assim que saiu do estúdio da TV Liberal, logo depois da entrevista que concedeu ao “Bom Dia Pará”, a governadora Ana Júlia participou de uma chat, como é chamada a conversa virtual entre internautas.
Um deles, Murilo Moura, fez a seguinte pergunta a Sua Excelência:

“Governadora Ana Júlia, qual a sua opinião sobra a criação do Estado do Carajás?”

A resposta de Ana Júlia, ipsis literis, sem mudar uma vírgula, um ponto, uma letra suprimida – absolutamente nada:

“Na história do Pará nenhum outro Governo investiu tanto nas diversas regióes do Pará. A mudança é essa. Portanto a desculpa que faltam políticas públicas e por isso as reg´~oes querem se separa não cola mais. Estamos levando um dos maiores projetos de geração de meprego e renda para o Sudeste do Pará, que é a Siderúrgica em Marbá que vai gerar 15 mil empregos diretos e indiretos no fubncionamento em 2013 e 18 mil empregos diretos e indiretos na construção e implantação até 2013. portanto todo´
Ana Júlia Carepa: Portanto todos agora são PARÀ”


Pronto.
Foi exatamente assim – sem tirar nem pôr - que Sua Excelência respondeu.
Tradução da resposta: a governadora, claramente, é contra a criação do Estado de Carajás.
Agora, vejam as imagens acima. Cliquem nelas para ampliá-las.
Mostram partes de um informativo da deputada Bernadete ten Caten.
A notícia destaca que Sua Excelência participou da inauguração da nova sede da Prefeitura de Parauapebas.
A deputada esteve lá, observem, na condição representante da governadora.
Notem o que diz o título: “Bernadete representa governadora em inauguração”, conforme está grifado em vermelho.
Pois é.
Diz trecho da matéria:

A deputada estadual Bernadete ten Caten (PT) representou a governadora Ana Júlia Carepa na inauguração da nova sede administrativa da Prefeitura Municipal de Parauapebas, no Sudeste Paraense, no último sábado, 19. Em seu discurso, Bernadete defendeu a criação do Estado de Carajás e a justa distribuição da riqueza mineral a fim de beneficiar a população local.

Continua a matéria, produzida pela própria assessoria da deputada:

A deputada também ressaltou que o Estado de Carajás será realidade e que, por conta disso, urge a retomada do debate acerca do Código Mineral, que está caduco e não garante a justa distribuição da riqueza natural. "Essa é uma questão que precisa ser resolvida", ressaltou.

Afinal, a governadora é a favor ou não da criação de Carajás?
Ela, pessoalmente, diz que não.
Mas representantes seus, que falam por ela, defendem o novo Estado.
Ah, sim: a deputada haverá de dizer que emitiu sua própria opinião.
Certo.
Mas, nesse caso, sua opinião pode desvincular-se de sua condição transitória de representante da governadora?
Ana Júlia não quer ouvir falar na divisão do Pará.

Mas representantes seus se dizem favoráveis.
E aí, como é que fica?
Ou será que não fica?

8 comentários:

  1. Bom dia, caro Paulo:

    Uma sugestão: reuna-se o ajuntamento de agremiações abrigadas no PT, defina-se posições unitárias sobre temas candentes e prioritários e baixe-se a ordem unida. Quem sabe o ajuntamento consegue posicionar-se, nestes temas, como um partido.

    Bingo!

    Abração

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  2. Parece que vc procura, a cada dia, um motivo, um assunto, para criticar o governo. Já vimos em todos os partidos, digo, TODOS, há polícos contra e a favor da divisão. Não há porque criticar a governadora porque a deputada que lhe que representa a região no parlamento, é a favor da criação de Carajá. Aí é forçar a barra, e muito.
    abs

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  3. Governo esquizofrênico que diz uma coisa e faz outra, isso, sim!!!

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  4. Anonimo das 08:18h. A população precisa sim ser informada da posição oficial de governo, inclua a governadora ou seus representatantes, quanto criação do Estado do Carajás.

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  5. Esse pessoal que pretende retalhar o Pará só está visando auferir o seu quinhão.
    Na verdade, querem o esquartejamento do Pará só para inflar seus interesses de toda espécie.

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  6. ei anonimo!!!!
    Sem paixões!!!!!

    O postersomente mostrou o desalinho no discurso, somente isso, entre a governadora e sua representante no evento.

    Agora, que as razões técnicas e econônomicas são vantajosas para a população daqui do Sul do Pará, com a criação do novo Estado, isso ninguém duvida.

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  7. A Governadora já tomou posição desde 01.01.2007 contrária à divisão do Estado do Pará. Se a Governadora externar qualquer opinião pública (isso vale também para o vice) quanto ao fim da integridade de nosso território, estará desrespeitando seu juramento oficial de posse quanto à defesa da integridade territorial do Pará. A Deputada não é a Governadora e tem o direito de defender o que quiser. Só acho que, para ser coerente, os deputados estaduais e federais que se empenham na criação do novo Estado deveriam por coerência renunciar ao mandato. Renunciem, deixem a vaga para quem defende o povo do Estado do Pará e se candidatem pelos seus novos Estados se conseguirem. É isso, o resto é querer criar debates superficiais.

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  8. Paulo,

    Em respeito às diversas opiniões sobre o polêmico tema, infiro que não há caixinha suficiente para receber os inúmeros pontos de vistas, prós e contras, sobre a criação do Estado do Carajás ou o fortalecimento da integração estadual.

    Quero apenas evocar o bom senso da crítica que não vê, nem ouve, nem pensa no fato de que a governadora, o PT e todos os seus deputados, idenpendentes da suas opiniões tem e podem ter aqui ou acolá possições distintas deste ou daquele dirigente público e isso não os tornam representantes de interesses espúrios ou puxa-sacos como alguns insistem em rebaixar o tema, o qual merece um rico debate.

    Forte abraço!

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