No AMAZÔNIA:
Um imóvel avaliado em R$ 50 mil foi totalmente desmontado na rua Floriano Peixoto, próximo ao Porto Grande, no município de Salinópolis, e absolutamente tudo, portas, janelas, telhado e até paredes em madeira pré-moldada, foi roubado.
O proprietário da casa, o advogado Mário Paiva, contou que ficou perplexo diante do roubo mais inusitado que já conheceu. Ele passou dois meses sem frequentar o local, em virtude de uma rotina pesada de trabalho. Mas no último final de semana decidiu descansar com a família. 'Fui dobrando a esquina e senti uma sensação horrível quando vi que não havia mais casa', descreveu.
O caso foi parar na polícia. O advogado registrou o boletim de ocorrência, contudo, acredita que nada será feito. 'A vizinhança viu e não fez nada. A polícia foi e deixou passar. É o caos. Sempre entendi que imóvel ficava para a vida inteira. A casa não foi arrombada, foi levada. Não sobrou nada. Cheguei lá e não tinha nem os portões da frente. Levaram tudo: portas, janelas, telhado, pia, vaso sanitário', relatou.
A casa pertencia à família de Mário havia 23 anos. Estava sem caseiro. Segundo Mário Paiva, as autoridades estão omissas. Ele ainda não decidiu se vai ajuizar ação contra o município ou contra o Estado, pela falta de segurança. O desmanche da casa de praia foi feito em três dias. 'O esquema é assim: pegam a casa, arrombam uma porta em um dia. E como não há reação, começam a desmontar', revelou.
Agora, o advogado só pensa em vender o que sobrou e o terreno. Desde que viu a própria casa desmontada, Mário Paiva passou a perceber que outras residências em Salinas estão na mesma situação. 'Sei que não posso fazer nada, mas pelo menos vou denunciar essa situação. Fiquei totalmente desgostoso. Fui na delegacia e nada. Vou estudar alguma coisa para saber se entro com a ação. Não me lembro de ter visto alguma coisa desse tipo. É meio inacreditável', disse.
A casa tinha três quartos, dois banheiros, cozinha, sala e despensa, além da casa do caseiro, que também ficou só a carcaça. 'Retiraram até os fios de iluminação pública. Esse tipo de violência eu nunca tinha experimentado. Parece que vivemos um terremoto desses que acontecem nos Estados Unidos. Só me resta gritar por socorro', arrematou.
Vi as fotos da casa depenada e fiquei sinceramente impressionado. A que ponto chegamos!!!
ResponderExcluirTrata-se de um evento de cunho africano e estou de acordo com a vítima - não é possível que a vizinhança não esteja envolvida no crime.
E as autoridades, que farão?
Só a certeza da punição leva ao fim da impunidade.