quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O “jogo da paz” de Lula. Para quê?

Lula, o presidente Lula, é mesmo um craque.
Deve achar que, por força de sua fenomenal aprovação aqui no Brasil e sua reputação, mundo afora, de caso único de um torneiro mecânico que virou presidente da República, por isso ele deve achar, portanto, que está abalizado e habilitado para lançar qualquer proposta.
E o que acontece, não raro?
Algumas de suas propostas lançadas ao vento são quase risíveis – como todo o respeito, é claro, que Sua Excelência nos merece.
Vejam agora.
Lula propõe nada mais, nada menos que um jogo de futebol entre brasileiros e um combinado de jogadores israelenses e palestinos.
Para quê?
Para semear a paz.
Não acreditam?
Leiam Lula, abaixo:

“No mês de março vou visitar Israel, a Jordânia, a Palestina. Mais do que visitar, eu estou trabalhando. Já conversei com o presidente Shimon Perez, ele concordou; já conversei com o presidente da Autoridade Palestina, ele concordou. Ficaram de conversar com seus pares. Tenho já há três anos o sonho de fazer um ‘jogo da paz’ em um estádio que possa ser neutro, de uma seleção mista, Israel e palestinos, para jogar contra a seleção brasileira. Seria uma marca extraordinária para o Brasil, e, sobretudo, um sinal importante para paz. Acho que isso poderia mexer com a cabeça de muita gente”.

Ohhh!
Céus!
Lula combinou isso com algum russo – marketeiros, que sejam – de seu governo.
E se combinou, deixaram ele propor uma coisa dessas?
Sinceramente, vocês acreditam que isso tenha algum efeito?
- Ah, é mais uma proposta emblemática, simbólica – direis, em defesa do presidente.
É mesmo?
Então, por que Sua Excelência não se torna mais original?
Em vez de uma pelada, poderia propor, por exemplo, um almoço regado a pato no tucupi e maniçoba, para reunir palestinos e israelenses. De sobremesa: açaí, daquele tipo papa.
Ou então um jogo de palitinhos - também chamado de porrinha - entre eles.
Ou então, uma espécie de Big Bhother do Amor, em que palestinos e israelenses ficariam trancados durante três meses numa casa; ganharia quem, durante o período, tivesse mais amor pra dar – se é que vocês nos entendem...
E então, não seriam essas propostas muito mais, digamos, originais?
Putz!

Um comentário:

  1. Ora, vamos, tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Lula trabalha sempre com o simbólico e sabe muito bem o que representa o futebol brasileiro no Oriente Médio.
    O que distingue a empada não é a azeitona, o recheio ou a massa, mas o conjunto e a cautela para de comê-la sem engasgar. Está claro que por detrás desse jogo de futebol trilateral, nos bastidores o campo decisivo estão as diplomacias árabe, israelense, brasileira e, principalmente, a norte-americana. Repare, por exemplo, no que disse Obama, hoje, sobre o papel que ele espera do Brasil no que respeita ao Irã.
    Mas, a propósito de suas sugestões, aconselho que na sua estratégia para a paz no Oriente Médio, jamais ofereça pato-no-tucupi, maniçoba ou tacacá a árabes e israelenses, porque eles ficarão muito ofendidos. Rsrsrsrs. Nenhuma dessas comidas podem ser consumidas por eles, por conterem alimentos considerados proibidos à luz dos princípios religiosos.

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