Do professor Cássio Andrade, sobre a postagem A crise hondurenha desenhada em 16 fatos:
Não há argumentos para golpes democráticos. Nada justifica ato de intervenção militar, meu caro. Nutro profundo respeito pelos seus argumentos, mas tirando as sandices do(a) anônimo(a), de fato, é inegável o quanto a nossa mídia nacional de dada orientação política e ideológica (e olha que nem usei a classificação tucana) quer transformar o sério debate do autoritarismo golpista do atual governo ilegítimo de Honduras e seus desdobramento diante da resistência pró-Zelaya em ilações intertextuais (anônimo das 15:43, leia Chartier para entender isso) mergulhadas no debate eleitoral interno.
O Reinaldo Azevedo, misto de versão light do Paulo Francis com o girondinismo manco da classe média afetada, nunca é referência para qualquer debate sério. Seus argumentos são tão vagos como de papagaios mouros, ou melhor, aqui fazendo uma pequena homenagem a um conhecido "Zé Dirceu tupiniquim", um mico de circo a repetir o que manda o dono do realejo. Não é sério!
Repito, nada justifica intervenção militar, muito menos em nome de "golpismo democrático", essa aberração categorial criada pelo insano Jabor (perdoem-me os insanos). Não vou concordar na íntegra com meu querido Levi (isso sem de forma alguma concordar com o anônimo maluco e chavista) em te calsssificar como "direitista", mas há de convir, meu caro, fazer como a TV Bandeirantes faz de inventar debates com argumentos aparentemente imparciais como o prometido pelo "Canal Livre" e monologar com um ilustre inexpressivo e com Demétrio Magnolli que chama o Zelaya de caudilho, aí é não querer debater nada.
Um grande abraço e vida longa ao bom debate...
O professor Cassio Andrade é contraditório. Não existe golpe democrático - a expressão por ele cunhada não se pretende oxímoro, é clara confusão conceitual. Golpe democrático inexiste, mas em todas as constituições modernas do ocidente há instrumentos de força para impedir violações ao próprio sistema Democrático de Direito e seus princípios. Exemplo de medida desse jaez(que julgo seria interpretada por ele como "golpe democrático") é o "estado de sítio" (cuja execução comum é por meio das Forças Armadas) que para o referido professor seria não um ato de defesa da própria democracia, mas uma intervenção militar (o que, por óbvio, é errado, pois as intituições militares estariam servindo às instituições civis como mero instrumento de defesa das regras da Constituição). Perde-se o professor em conceitos e no sentido de instituições próprios de Direito Constitucional. Há medidas utilizadas na democracia (rigorosamente previstas na Constituição) somente implementáveis através da força necessária à detenção daqueles atos atentatórios às instituições democráticas.
ResponderExcluirAssim, inexiste golpe democrático - e não há que se falar aqui naquele choque de princípios prescrito pelo constitucionalista português Gomes Canotilho. A expressão do professor utiliza idéias que se excluem e não convivem. Há sim medidas de exceção da própria democracia, que podem ser utilizadas pelas instituições competentes, como parece ter ocorrido em Honduras.
O que é triste nessa história é ver o Poder Executivo de nosso país protagonizar mais um mico de política externa.
Ismael Moraes
Advogado
Paulo, boa tarde
ResponderExcluirvou entrar de leve nesse debate sobre o golpe militar em Honduras. A nós, mulheres e homens de bem, independente da profissão, só resta repudiar o golpe militar que o Zelaya sofreu e que a democracia hondurenha sofreu!
Ficar tangenciando com esse lance de querer saber se a embaixada brasileira deveria ou não ter hospedado o sujeito, é brincadeira!
Ele foi eleito e deposto por uma to militar. Segundo a Carta Capital desta semana, ele saiu de casa de pijama e com uma metralhadora na cabeça. Esse ataque à democracia é que precisa ser combatido e com veemência. E Zelaya precisa assumir o cargo para o qual foi eleito.
Sinceramente, golpe militar, nunca mais!Grande abraço, meu caro
Vera Paoloni
A propósito, recomendo a leitura do meu blog, onde pude debater com um pouco mais de profundidade a questão. Convido o poster deste blog a visitá-lo: www.assuntoscandentes.blogspot.com
ResponderExcluirO cara chama os outros de maluco.... Me poupe.... baixo nível em matéria de debate....
ResponderExcluirZelaya perdeu sua legitimidade, adquirida quando venceu as eleições, no momento em que tentou sozinho violar uma cláusula pétrea da Constituição de Honduras.
ResponderExcluirNesse sentido, não houve golpe, mas o uso de mecanismos destinados a proteger a democracia.
Por que é tão difícil entender isto?
Talvez porque aqueles que criticam a deposição de Zelaya não entendam como funciona uma democracia constitucional e presumem, equivocadamente, que o eleito para o Poder Executivo pode tudo, inclusive destruir o sistema de freios e contrapesos que deve existir entre os Poderes de qualquer República democrática.