domingo, 13 de setembro de 2009

Trabalho voluntário precisa de auxílio

No AMAZÔNIA:

A palavra 'ajudar' pode ser até pequena no número de letras, mas o ato de prestar assistência ao próximo é uma atitude sem dimensões. Com o intuito de contribuir para melhorar a realidade social de crianças e adolescentes em situação de risco, um grupo de educadores resolveu desenvolver um projeto social que pudesse ocupar o tempo livre de forma produtiva e lúdica, além de afastar os jovens de problemas sociais enfrentados diariamente, como as drogas, a violência e a prostituição.O projeto Vivendo&Aprendendo atende 50 crianças e adolescentes da comunidade do Paracuri, no distrito de Icoaraci, na Região Metropolitana de Belém (RMB).
O grupo desenvolve atividades com os jovens que vão desde aulas de reforço escolar e informática até prática de esportes e oficinas de instrumentos musicais. O trabalho voluntário com os jovens carentes é uma das atividades realizadas pela Comunidade Católica Ieshuá, que também desenvolve ações relacionadas à evangelização de jovens e adultos. A sede da comunidade é no bairro de Ponta Grossa, em Icoaraci.
Apesar do trabalho que faz, o centro corre o risco de ter as atividades paralisadas. O motivo: questões financeiras. De acordo com o coordenador e fundador da comunidade, Admar Junior, o imóvel em que o centro atende os jovens carentes é alugado e o proprietário quer vender a casa, só que eles não têm dinheiro para comprá-la. Caso não consigam o dinheiro, terão que deixar o espaço e, com isso, todo o trabalho desenvolvido com as crianças e adolescentes do Vivendo&Aprendendo pode vir por água abaixo.
Admar explica que a comunidade se mantém apenas com doações. Todo o trabalho é feito por voluntários. 'A nossa sobrevivência é feita somente com as doações das pessoas. Além disso, temos que pagar o aluguel da casa e as contas de luz e água. Nós temos parceria com uma padaria que nos ajuda com o fornecimento de pão e com uma loja de polpa de frutas. Tudo isso é para a alimentação dos jovens atendidos. Mesmo assim, não temos condições de comprar a casa e muito menos dar algum valor de entrada', afirma.
Para tentar aumentar a renda no fim do mês, o centro realiza a venda de roupas semanalmente em um bazar. Também possui uma sorveteria em parceira com um estabelecimento comercial, que destina metade das vendas da sorveteria para a comunidade católica. As dificuldade enfrentadas para manter financeiramente o projeto impedem a ampliação do número de vagas de jovens atendidos pelo projeto social, por isso somente 50 alunos estão inscritos.' Não adianta eu colocar muita crianças e adolescentes se sei que não vou conseguir manter e alimentar todas elas. Infelizmente, o nosso trabalho comporta apenas esse número de jovens. Seria uma felicidade enorme ampliar as vagas e trabalhar com mais jovens que estão em situação de vulnerabilidade', disse o coordenador.

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