domingo, 13 de setembro de 2009

Centro oferece aulas de reforço. Jovens aprendem violão.

No AMAZÔNIA:

Atualmente, o projeto tem 20 alunos cadastrados pela parte da manhã e 30 no turno da tarde. Dez educadores se dividem entre as atividades. Os jovens frequentam o espaço no contraturno escolar do ensino regular. No centro são oferecidas aulas reforço escolar de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental e algumas disciplinas do ensino médio. Além disso, os jovens podem aprender instrumentos musicais, como violão, teclado e contrabaixo. As aulas de informática ocorrem em uma lan house e são financiadas pelo centro, já que a comunidade não possui máquinas de computadores. Há ainda tempo para a prática de esportes e atividades de lazer. O espaço conta também com uma pequena biblioteca, com acervo de história em quadrinhos, romances, dramas, crônicas e obras literárias. Todas essas atividades têm um único objetivo: manter as crianças e adolescentes afastados das ruas e da criminalidade.
Além disso, o projeto é uma forma revelar as habilidades e os talentos dos jovens. Os melhores alunos são selecionados para ajudar os educadores nos trabalhos do Vivendo&Apredendo. Os monitores prestam auxílio para os outros alunos que estão com alguma dificuldade. Os adolescentes Anderson Cordeira, de 16 anos, Arthur Alfaia, de 14 anos, e Jonilson Conceição, de 13 anos, são exemplos desses talentos. Há um pouco mais de um ano no projeto, eles descobriram o talento para a música e hoje tocam contrabaixo. O trio inclusive já foi chamado para fazer várias preparações e montagens de bandas. Eles esperam, no futuro, ter a própria banda.
'É muito interessante a gente estar se envolvendo no projeto. Agora, nós saímos para a montagem de shows, tanto aqui nos eventos católicos da comunidade quanto para outras bandas pequenas. Além disso, ajudamos na preparação dos palcos. O envolvimento no projeto retira os jovens da rua, já que muitas vezes as pessoas vão para a criminalidade e, aqui, a gente sempre está estudando alguma coisa', afirma o Anderson, que cursa a 8ª série do ensino fundamental.
O projeto social atraia a atenção de profissionais liberais. Vânia Cavalcate dedica um dia da semana para participar como voluntária das atividades. Ela comanda uma das oficinas de leituras do Vivendo&Aprendendo. Segundo ela, as crianças e adolescentes escolhem as leituras e, logo em seguida, é preparada uma encenação. 'Fazemos as leituras da história juntos e tiramos as dúvidas que eles venham a ter no texto. Depois disso, preparamos uma encenação com as histórias lidas', afirma.
Para Vânia, o trabalho voluntário é gratificante. 'Tudo isso é um grande exercício e um ganho muito especial. O aprendizado não é somente deles, mas também meu. É uma troca de experiências e o comprometimento deles é o mais importante nas atividades', destaca.

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