quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sete mil sem salário

No AMAZÔNIA:

Mais de sete mil servidores públicos estaduais vão ficar sem receber seus salários até o final da greve dos bancários no Pará. Segundo a Secretaria de Estado de Administração (Sead), dos cerca de 80 mil servidores estaduais, 7,5 mil não são correntistas do Banpará, o que significa que não têm cartão do banco e não podem sacar seus vencimentos diretamente nos caixas eletrônicos.
'Infelizmente não há muito que a gente possa fazer. A greve dos bancários é nacional, não é um problema apenas do banco do Estado', afirmou o secretário de Administração, Wilson Figueiredo, ressaltando que os servidores que possuem conta no banco podem sacar os salários normalmente nos caixas eletrônicos.
Ainda segundo o secretário, como não há previsão para o fim da greve, o Estado vai tentar contornar a situação enviando funcionários do Banpará aos órgãos públicos para providenciar a abertura imediata de contas aos servidores que ainda não são correntistas. A medida foi tomada em caráter emergencial, mesmo assim o prazo para a entrega dos novos cartões é de no mínimo 48 horas. O secretário não soube informar quando o serviço começa a ser oferecido nas instituições.
O pagamento dos servidores públicos estaduais começou na segunda-feira, 28, e vai até sexta-feira, 2 de outubro. Os primeiros a receber são os aposentados, que habitualmente não têm o costume de utilizar os caixas eletrônicos, por isso no Banpará da avenida Senador Lemos - também chamada de 'postão', por se tratar de uma das agencias mais movimentadas - funcionários do serviço interno do banco foram convocados para auxiliar na utilização dos terminais eletrônicos. Ainda assim houve confusão.
A servidora pública aposentada Oscarina Martins, 79 anos, mesmo sendo correntista, costumava receber seu salário com o contracheque, na boca do caixa. Ontem, por causa da greve dos bancários, precisou recorrer ao caixa eletrônico, mas acabou errando a senha de acesso três vezes e bloqueou a conta Ela foi informada que o problema só poderá ser resolvido quando acabar a greve.
Os mais afetados pela paralisação são os funcionários da Secretaria de Educação (Seduc), que, segundo a Sead, concentra o maior número de servidores sem conta no Banpará. São quatro mil funcionários, contra 500 da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e 400 da Secretaria Estadual de Educação (Sespa). O restante está distribuído em outros 52 órgãos do governo.

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