De um Anônimo, sobre a postagem Mototáxi de tocaia. E um assalto!:
Se o uso de motocicleta como táxi já é em si um crime contra a segurança do passageiro, pior ainda quando não se sabe a qualificação do motoqueiro. A autorização para que tais máquinas de matar fossem utilizadas como serviço de transporte público só foi possível graças ao total desinteresse das autoridades responsáveis em relação à segurança das comunidades.
Com a desculpa de mais empregos e de regularizar uma situação de fato, esconde-se o interesse imediato das autoridades que autorizaram tal crime: os votinhos que poderão ter nas eleições. Como o narcotráfico e o tráfico de armas são as atividades que mais empregam no País, logo logo vai ter gente legalizando essas atividades. E a gente aqui em Belém ainda esperando que o Vaticano nomeie o bispo a quem vamos reclamar...
O anônimo só se excede ao reivindicar a pena de morte para os moto-assaltantes, deveria pedi-la para prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores e presidentes que afagam os bandidos.
Esse comentário, pra lá de exagerado, na medida em que sugere alguma relação entre mototaxistas, trabalho não legalizado, mas digno como qualquer outro, e traficantes de drogas e de armas, criminosos que elevam bastante a situação de violência de nossa terra, bem reflete um comportamento humano que merece reflexão diuturna de todos. É que muitas vezes, no afã de pretendermos defender direitos que entendemos nossos, acabamos por ultrapassar limites e atingimos o direito alheio. Essa afirmação se exemplifica claramente nas contendas judiciais, principalmente nas Varas Cíveis. Taxar os mototaxistas de criminosos pelo fato de exercerem profissão não legalizada é leviano, injusto e deixa de lado todo o quadro social que originou essa atividade. De um lado, o problema da falta de emprego para a população que só aumenta, que na maioria das vezes não tem a oportunidade de estudo suficiente para se ocupar em funções de melhor renda. De outro lado, um sistema de transporte público totalmente falido, que não atende a população em quantidade e qualidade, daí porque surgem não só mototaxistas, como perueiros e outros, numa tentativa social de solução imediata da necessidade de ir e vir, diaria. Não uso, pela Graça de Deus, transporte público, mas a regulamentação da atividade é uma forma de poder controlar sua utilização, de forma segura ao usuário.
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Jorge Alves