terça-feira, 29 de setembro de 2009

Indicações “políticas” nem sempre são as piores

De um Anônimo, sobre a postagem Toffoli no Supremo: tão certo como dois e dois são quatro:

Pois é, num país em que o Ministro da Defesa é um civil, e já teve até economista como Ministro da Saúde, não é de estranhar que um reles cabo eleitoral, como o Toffoli, seja nomeado para o Supremo Tribunal. Não é de estranhar, mas é lastimável. Por que será que as indicações "políticas" têm que ser, necessária e invariavelmente, as piores? Alguém pode me dizer?


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Do Espaço Aberto:

Anônimo, mas o Supremo já teve e tem grandes ministros.
As indicações de todos eles foram “políticas”.
Então, talvez seja um pouco demais dizer que as indicações “políticas” são necessária e invariavelmente as piores.
E até mesmo o processo de escolha dos juízes de carreira que pretendem ascender a tribunais superiores ou a tribunais regionais federais é marcadamente política.
Prova disso é que, após ser formada a lista tríplice, seus componentes têm que peregrinar daqui pra ali e de lá pra cá, em busca de apoios “políticos” para que seus nomes sejam referendados pelo presidente da República.
Por isso é que se insiste, Anônimo: se o sistema todo é que está errado, então convém mudar a Constituição.
Aí não teríamos mais indicações políticas.
Acabaríamos com o tal do quinto constitucional.
E cada um ficaria no seu cada qual.
E o preenchimento das vagas nos tribunais, em qualquer âmbito, em qualquer jurisdição, ocorreria ou por antiguidade ou por merecimento.
Pronto.
E ponto.

Um comentário:

  1. Verdade seja dita, indicações políticas sempre existiram.
    Porém, nunca antes na história desse país, o notório foi tão pouco notório e o saber foi tão pouco saber.
    A indicação de um ministro do STF exige poucos requisitos.
    Se a política não soube respeitar nem mesmo os poucos requisitos exigidos para a indicação de um minitro do STF, então, sou de acordo.
    Rasgue-se a Constituição Federal
    Uma carta redigida com o ímpeto de entrar pra história.
    Com o título de 'Constituição Cidadã'.
    Uma constituição de muitos direitos e poucos deveres. A todos cidadãos. Inclusive aos de conduta não tão ilibada.

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