Mas sim: e cadê o dr. Duciomar?

A pergunta, insistentemente, foi feita ontem pelo jornalista Carlos Mendes, durante seu programa Jogo Aberto, pela Rádio Tabajara FM 106,1.
Se todos querem saber onde Sua Excelência está, é evidente que sua ausência é notada.
É notada, sim, mas nem tanto.
Belém, com ou sem Duciomar presente, tem sido a mesma, sobretudo desde janeiro passado, quando o prefeito deu início a seu segundo mandato.
Com ou sem Duciomar, Belém está suja, malcuidada, com um ar de abandono, com o comércio bagunçado e a Saúde num completo caos.
É como se Belém não tivesse prefeito.
E o prefeito deveria se preocupar com isso.
Quando uma cidade, pelo ar de abandono e de desprezo que traduz, se dá conta de que, como ou sem prefeito, é a mesma cidade, é sinal de que a figura do prefeito é dispensável.
Sabiam os eleitores que deram o segundo mandato a Duciomar que Sua Excelência abandonaria não apenas os que votaram nele, mas a cidade inteira em tão pouco tempo?
Os eleitores que deram o segundo mandato ao dotô foram capazes de prever isso?
De qualquer forma, fiquem certos: Duciomar está de olho no próximo ano.
Enquanto o procuram, ele só pensa no próximo ano.
Seu projeto – longamente acalentado – é voltar ao Senado.
E vocês sabem – até porque o próprio Duciomar nunca escondeu isso de ninguém – que Sua Excelência foi candidato a prefeito de Belém meio a pulso, na primeira vez.
O que ele queria mesmo era ficar no Senado.
Mas, conforme a desculpa que lhe foi ensinada pelos marketeiros, atendeu a uma “convocação” para enfrentar Ana Júlia, em 2002, evitando assim que o PT fincasse os pés na Prefeitura de Belém.
Depois, para sensibilizar-se a disputar o segundo mandato, alegou que isso era necessário para que ele próprio desse prosseguimento aos projetos que iniciara no primeiro.
Pois é.
Quando o prefeito mostrar-se presente, talvez tenhamos o seguimento desses projetos.
Até 2010 chegar e Duciomar der uma banana aos que o elegeram para governar por quatro anos.