sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fazer o que todos fazem deixa de ser conduta reprovável?

É uma tristeza, sinceramente, ouvir-se o argumento de alguns senadores de que a conduta do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), interferindo para garantir emprego público ao namorado de uma neta, é uma coisa menor, de somenos importância, digamos assim, porque ele apenas fez o que “todos fazem.”
Pausa.
Então, aos exemplos.
Quantos administradores, quantos gestores não se locupletam dos dinheiros públicos neste País?
Quantos cidadãos não matam e esfolam todo dia?
Quantos não estupram todo dia?
Quantos não dão o mole para obter a coisa mais fácil, seja o documento na repartição pública, seja a dispensa da multa no trânsito?
Quantos políticos não mentem diariamente?
Quantos?
E então?
Locupletar-se com o dinheiro público, matar, esfolar, estuprar, dar o mole e mentir são condutas admissíveis, só porque um grande número de pessoas as adota diariamente?
É isso mesmo?

2 comentários:

  1. Nota 10 para vc, PB.

    Magistral reflexão.

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  2. Pior que...É!
    Essa é a "vertente" do new pensamento criada pela "Academia de Filosofia Lulista", na qual "fazemos por quê os outros faziam ou fazem".
    Tem um, digamos, "viés" cara de pau e mau caráter mas Lula é Lula.
    Não é a toa que ele tem como aiatolás de moral e ética Renan, Sarney, Collor...

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