O presidente do Paysandu, com seus arroubos, arrebatamentos e precipitações, ainda pode se tornar o grande desagregador do próprio clube que preside.
Como agora, por exemplo.
De uma vez só, mandou embora o técnico Édson Gaúcho e, de quebra, provocou a saída de ninguém menos que Clodomir Araújo Jr., um dos integrantes da diretoria de futebol do Paysandu.
Clodomir saiu porque se sentiu desautorizado e desmentido pelo próprio Luiz Omar.
No sábado, após o vexame bicolor contra o Luverdense, Clodomir dissera que Edson Gaúcho e o restante da comissão técnica bicolor estavam prestigiados.
Não estavam.
Porque o presidente demitiu todo mundo ontem à tarde, deixando Clodomir com cara de bobão.
E Gaúcho?
Comandou o Paysandu por 24 partidas. Venceu 16, empatou quatro e perdeu quatro.
É um ranking apreciável, que não justificaria um afastamento.
Luiz Omar alega que o time vinha jogando mal.
Vinha mesmo. Mas isso é uma meia verdade para justificar a demissão do treinador.
Em verdade, Luiz Omar mandou Gaúcho embora porque dois bicudos não se beijam.
Gaúcho e Luiz Omar, Luiz Omar e Gaúcho.
Dois temperamentos e dois estilos muito parecidos.
Tinha que sobrar para um deles.
Sobrou para Gaúcho, é claro.
E sobrou para Clodomir Araújo Jr.
Tudo por obra de Luiz Omar.
Luís Omar errou feio ao demitir o treinador. O futuro dirá.
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