sexta-feira, 1 de maio de 2009

Protesto contra Semec

No AMAZÔNIA:

Um grupo de 50 funcionários da Escola Bosque Eidorfe Moreira, da prefeitura de Belém, manifestaram seu descontentamento com o que eles chamam de 'arbitrariedade' da presidente da instituição e secretária municipal de Educação, Terezinha Gueiros. Com palavras de ordem: 'Não adianta ponto cortar porque nós vamos paralisar', a manifestação foi feita na manhã de ontem, com os participantes caminhando pelas ruas do Outeiro com o objetivo de chamar a atenção da população local.
Ricardo Tavares, professor da Escola Bosque, diz que a paralisação de ontem foi a terceira realizada pelos funcionários, que discordam das ações da atual administração. 'São ações arbitrárias, sofremos assédio moral porque em nada que solicitamos somos atendidos. Discordamos da política adotada pela administração e não podemos cruzar os braços', disparou o professor.
Ainda segundo o professor Ricardo, os quase 100 concursados que assumiram seus cargos em julho do ano passado sofreram 20,84% de perdas salariais e que até agora não houve qualquer comprometimento da Secretaria Municipal de Educação (Semec) em solucionar o problema. 'Queremos o reembolso e uma retratação pública, pois além dessas perdas, tivemos um desconto na folha de pagamento que foi garantido em documento que não seria feito. Temos os mesmos direitos dos outros servidores públicos', reclama Ricardo Tavares.
Segundo o professor, o ponto dos funcionários seria alterado pela coordenação da Escola Bosque. 'Temos informações de que alguns professores assinam o ponto em um horário e a coordenação modifica tudo', denuncia.
Com cerca de 2 mil alunos, a escola possui, ainda, seis unidades pedagógicas que atendem às ilhas no entorno do Outeiro, além de uma escola de pesca e a sede principal. No entanto, os professores reclamam que o foco principal, que é o de promover educação ambiental, não é atendido. 'Aqui não existe educação ambiental. Essa é uma escola mascarada. O que a imprensa mostra, de que a Escola Bosque é um modelo de educação ambiental, não existe.', criticou a professora Augusta Freitas.

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