sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ofir Loyola quer comprovante de residência para fazer exame

No AMAZÔNIA:

O paciente Domingos Pinheiro Gonçalves, 55, que foi diagnosticado no hospital Ofir Loyola, com um tumor no lado esquerdo do pulmão, em fevereiro deste ano, precisa ser operado, mas não está recebendo atendimento adequado no hospital. Foi o que informou a cunhada, Benedita Trindade Gonçalves, 56, 'os médicos solicitaram os exames pré-operatórios, porém, até agora, eu não consegui marcar nenhum', reclama. A coordenação do hospital disse à acompanhante que o procedimento só seria possível se fosse apresentado um comprovante de residência no nome do paciente ou dos pais. Benedita contou que o cunhado sofre de problemas mentais e por isso não tem residência fixa. Ele mora em Belém, na casa do irmão, onde também reside a mãe de 90 anos.
Além disso, Benedita disse também que não consegue internar o cunhado e que, a cada dia passado, os sintomas da doença se agravam. 'Eu já fui no Ofir Loyola várias vezes, solicitar os exames e também saber por que não querem fazer a internação. Eles alegam que o caso ainda está em investigação e que não é possível marcar os exames sem apresentar um comprovante de residência no nome dele ou dos pais', afirma.
Segundo a assessoria do Ofir Loyola, o hospital está cumprido às ordens que foram rapassadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). E que no ofício enviado no dia 1º de março, a Sesma informa que a autorização para a realização de exames tem de vir de lá. A assessoria alegou ainda, que os pacientes devem enviar os documentos, inclusive comprovante de residência, podendo ser de água, luz ou telefone, no nome do titular ou do pai/mãe.
A chefe do serviço de alta complexidade do departamento de regulação da Sesma, Graça Soutelo, esclarece a situação dizendo que os pacientes têm apenas de enviar à Sesma a documentação para que seja feita a autorização dos exames. O procedimento é simples e a ordem é para todos os hospitais de Belém. Segundo Graça, isso está sendo feito para que a Sesma possa saber a origem dos pacientes que chegam nos hospitais de Belém.

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