No AMAZÔNIA:
No dia seguinte à derrota na decisão do segundo turno do Campeonato Paraense, que tirou do Remo a chance de disputar a Série D do Brasileiro e lançou o clube em um buraco negro de oito meses sem jogos oficiais, a delegação azulina desembarcou no Aeroporto Internacional de Belém, em Val-de-Cães, no final da tarde de ontem, sem tumultos. A Infaero, administradora do aeroporto, armou um esquema de segurança reforçado com medo de protestos violentos de torcedores, mas o elenco saiu com tranquilidade e sem a presença da torcida.
O ônibus fretado pela diretoria para levar a delegação ao Baenão ficou parado em frente ao portão D do aeroporto para que os jogadores pudessem sair rapidamente. Mas a grande maioria deles preferiu não usar o transporte. Os atletas optaram por ir para casa de carona com amigos, familiares ou mesmo de táxi. Apenas o goleiro Adriano fez companhia aos membros da comissão técnica no ônibus.
O avião tocou o solo da capital paraense por volta das 17 horas. Entre os jogadores que saíram pelo saguão de desembarque, o silêncio foi a resposta da maioria após a derrota de 2 a 1 para o São Raimundo, que decretou as 'férias antecipadas do Leão Azul'.
Atletas experientes como Beto, Jaime, Toninho e Adriano passaram direto pelos repórteres. Outros, como os zagueiros Márcio Pereira e Rogério Corrêa, optaram por outra saída, evitando assim a passagem pelo saguão. Apenas os mais jovens, ainda sem jogo de cintura suficiente para fugir da imprensa, aceitaram conceder entrevistas. E nas poucas palavras que foram proferidas, não faltaram pedidos de desculpas à torcida azulina.
Um dos mais abalados era o atacante Marcelo Maciel que, no domingo perdeu uma chance clara de gol logo no início do segundo tempo, quando o Remo ainda perdia por 1 a 0. Em um determinado momento, a voz dele, que atuou os 90 minutos da partida, chegou a embargar. 'Fizemos de tudo, o possível e o impossível, para que o Remo não perdesse o título do returno e pudesse jogar na Série D. Mas, infelizmente, não deu. Peço desculpas aos torcedores, porque sei que eles estão sofrendo. Mas o Remo é um clube grande, não vai se acabar por causa dessa queda', falou o jogador.
Marcelo Maciel evitou falar sobre seu futuro imediato no clube, uma vez que sem competições oficiais até janeiro de 2010 o mais provável é que ele e outros jogadores do clube sejam emprestados para outras equipes. 'O importante agora é continuar fazendo o meu trabalho. Se vou ser emprestado ou não quem decide é a diretoria para estar à disposição do próximo treinador decidir', disse.
O lateral-esquerdo Edinaldo também passou pela imprensa e afirmou que agora é hora de pensar no futuro e seguir em frente. 'Precisamos agora levantar a cabeça e pensar no futuro. Vamos ver o que a diretoria vai planejar para o resto do ano. Se for para ser emprestado, espero que seja um bom negócio para mim e para o Remo', declarou.
O volante Ramon, que nem entrou em campo na partida do último domingo, falou rápido com os jornalistas no desembarque. 'Não faltou raça não. O São Raimundo jogou melhor e mereceu a vitória na partida'.
De acordo com a assessoria de imprensa do Remo, a reapresentação do elenco azulino está marcada apenas para esta quarta-feira, às 16 horas, no Baenão. Na ocasião, a diretoria do clube anunciará aos atletas quais os planos para os próximos meses. Mas uma coisa é certa, os jogadores contratados para o Campeonato Paraense serão liberados assim que seus compromissos com o clube expirarem. A maioria tem contrato até o dia 15 de maio.
Em meio a limitação técnica de quase todos e a falta de empenho de alguns, salva-se o zagueiro Rogério Correa, o goleiro Adriano e o atacante Helinho.
ResponderExcluirJaime foi a grande decepção.
Bebeto e Leo Oliveira, os bondes.
Muito pouco para a grandeza do Remo e a enorme necessidade de recuperar a terra arrazada deixada pelo ex-presidente-tragédia.
É, Anônimo.
ResponderExcluirA torcida não merece isso.
Realmente, não merece.
Abs.