terça-feira, 3 de março de 2009

Transferência de Paulo Castelo será feita hoje

No AMAZÔNIA:

O ex-superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará, Paulo Castelo Branco, que estava foragido há três meses, chega hoje em Belém, depois de ser preso no último sábado, no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a transferência estava marcada para ontem mas foi cancelada, por problemas com a empresa fornecedora de passagens aéreas para o órgão. Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belém, Paulo será levado imediatamente para o presídio do Coqueiro, onde cumprirá pena de cinco anos e quatro meses, em regime semiaberto.
'Como ele foi preso no final de semana, ainda não tivemos tempo para providenciar todos os detalhes da transferência', justificou Fernando Sérgio Castro, assessor da PF, por telefone. Ele explicou que o contrato com a antiga empresa, responsável pelas passagens, venceu na sexta-feira, véspera da prisão de Paulo Castelo Branco, mas que uma outra já havia sido contratada no domingo, 1º de março. A transferência, porém, foi descartada por questões contratuais com a nova fornecedora de passagens, já que para validar o contrato depende-se de publicação no Diário Oficial da União. Assim, por questões legais, a nova empresa só poderá emitir bilhetes de embarque a partir de amanhã.
O ex-superintendente do Ibama foi preso na avenida Altântica, bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 28, após ser reconhecido por paraenses que passavam o carnaval na cidade. A prisão aconteceu por volta das 12 horas, quando ele circulava de carro pelo bairro. Paulo Castelo Branco está preso na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro.
Propina - Paulo Castelo Branco foi condenado, em agosto de 2002, acusado pelo Ministério Público Federal de exigir R$ 500 mil de propina da madeireira Eidai do Brasil para não autuar a empresa por irregularidades no comércio de produtos florestais. Esse dinheiro seria apenas a primeira parcela de um total de R$ 1,5 milhão. Ele foi preso em flagrante no dia 24 de maio de 2000, em uma operação montada pela Polícia Federal no aeroporto de Brasília, onde aconteceria o pagamento da primeira parcela da propina. Paulo ficou na cadeia por 14 dias, mas conseguiu a liberdade enquanto aguardava o desenrolar do processo, apelando, sem êxito, ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
Além de Paulo Castelo Branco, o diretor-presidente da Eidai do Brasil, Akihito Tanaka, também foi condenado na ação penal movida pelo Ministério Público Federal, julgada pelo juiz da 3ª Vara Federal, Rubens Rollo D´Oliveira. Ele pegou quatro anos de prisão em regime semi-aberto. Sem a ordem de prisão expedida, Paulo chegou a se candidatar, ano passado, a umas das cadeiras da Câmara Municipal de Ananindeua, pelo Partido Verde (PV). Entretanto, por problemas na prestação de contas da campanha, não teve os votos contabilizados para a definição dos eleitos. Em novembro, o juiz federal da 3ª Vara, Rubens Rollo D’Oliveira, expediu um mandado de prisão do ex-titular do Ibama no Pará. A ordem, porém, foi mantida em sigilo, ate mês passado, para não prejudicar o trabalho da Polícia Federal.

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