sexta-feira, 27 de março de 2009

Leão envolto em labaredas

No AMAZÔNIA:

O confronto com o Águia, ontem à noite, era encarado pelo Remo como a oportunidade de apagar um princípio de incêndio no Baenão, provocado pela derrota diante do Paysandu, no clássico válido pela quarta rodada do returno do Campeonato Paraense. Sendo assim, com o empate por 2 a 2 - com gol de Felipe Mamão no último minuto -, o Leão Azul se vê agora envolto pelas labaredas.
E os mais chamuscados são o técnico Artur Oliveira e o centroavante Bebeto. Já no final do primeiro tempo, parte da torcida pedia a saída do atacante. Após o apito final, foi a vez de Artur ouvir o coro de 'burro, burro...'. Sobre as reações nas arquibancadas, o treinador se mostrou tranquilo. 'Em uma hora dessas, tenho que entender perfeitamente a reação do torcedor.'
O resultado deixou o Leão com oito pontos, na quarta posição, quase sem chances de alcançar o segundo lugar de São Raimundo ou Paysandu. Faltando apenas duas rodadas, o Leão precisa vencer Ananindeua e Castanhal para não correr riscos de ficar fora das semifinais da Taça Estado do Pará.
O jogo começou movimentado. No primeiro minuto, o atacante Marcelo Maciel fez boa jogada pela esquerda e tocou para Bebeto, que chutou em cima do goleiro Inácio. A resposta do Azulão veio 30 segundos depois com um chute de Felipe Mamão que o goleiro Adriano desviou para escanteio. Com uma boa marcação e muita velocidade no toque de bola, o time marabaense foi, aos poucos, neutralizando o meio-campo do Remo.
O Leão recuou e passou a explorar os contra-ataques. Enquanto isso, a zaga do Azulão parecia nervosa. E foi exatamente numa falha de marcação deles que o Remo marcou o primeiro. Adriano defendeu cobrança de falta na área azulina e lançou Marcelo Marciel na direita. O atacante se livrou de Darlan e passou para Toninho, que deu um toquinho de direita e encobriu Inácio: Remo 1 a 0.
Apesar do gol, o time da capital seguiu nervoso e pouco produtivo até o final do primeiro tempo.
Após uma bronca no intervalo, o Remo voltou com Claudinho e Helinho nos lugares de Jaime e Bebeto. Com as mudanças, os donos da casa partiram para cima do Águia com tudo. Aos três minutos, Levy puxou contra-ataque pela direita e cruzou para Helinho desviar de cabeça, assustando Inácio.
Mas apesar da melhora ofensiva, o Remo acabou sofrendo o gol de empate aos 10min, em uma cobrança de falta do lateral-direito Sinésio: Águia 1 a 1.
O Leão sentiu o baque e voltou a errar muitos passes., mas o Águia não conseguiu tirar proveito desta instabilidade. O castigo veio aos 20 minutos, num contragolpe rápido puxado por Toninho a bola chegou na direita e Helinho chutou da entrada da área: 2 a 1.
A partir daí, as duas equipes se revezaram na criação e na perda das oportunidades de gol. O time de Marabá ainda teve o zagueiro Magrão expulso, aos 4min. Mas nos acréscimos, Márcio Pereira cometeu falta na direita, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Sem ele na área, Felipe Mamão teve liberdade para desviar a cobrança no canto direito e decretar o placar final: 2 a 2.

Um comentário:

  1. Infelizmente o Remo continua a insistir com um bonde chamado Bebeto.
    Bonde caro, puro desperdício de dinheiro (que é escasso, dificil) e tempo.
    O reflexo já aparece: nenhum gol, time sem ataque, caindo pelas tabelas, situação dificil.
    Se somarmos o preço para ter Bebeto e mais meia dúzia de "volantes perna de pau", tranquilamente poderíamos ter um atacante mais eficiente (basta olhar os outros times daqui mesmo ) e um armador inteligente (basta ver nos outros times daqui mesmo) que hoje não temos.
    O meio de campo se restringe ao Jaime, que tem de,sozinho, fazer marcação e criação de jogadas.
    Continuamos sem competência para contratar jogadores razoáveis. A excessão parecer ser a dupla de zaga que tem se mostrado equilibrada.
    O restante não passa de "bonzinhos" prata da casa que disso não passam.
    Resta torcer, e só.

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