O Paysandu é o primeiro a pedir lona.
Pede lona porque, com a transmissão da TV Cultura, não tem feito bilheteria.
Não fazer bilheteria significa, vocês sabem, não ter dinheiro, não ganhar dinheiro, não ter dinheiro em caixa.
E aí?
E aí que os clubes ainda não receberam a primeira parcela do governo do Estado, por conta das transmissões dos jogos.
A primeira parcela do contrato firmado entre o Estado e os clubes vai sair apenas no dia 15 de fevereiro.
E o Paysandu tem salários a pagar antes disso, mas não tem dinheiro.
Por isso, os cartolas bicolores beijam a lona: vão à Secretaria de Esporte e Lazer pedir para que suspendam as transmissões para Belém, inclusive do Re x Pa marcado para fevereiro.
Isso confirma o que todo mundo vê: a transmissão de jogos da TV Cultura para Belém, além de não se revelar uma boa saída para os clubes, em termos de ajuda financeira, ainda esbarra na questão principal, essencial: é dinheiro público sendo usado para ajudar clubes de futebol.
E clubes de futebol, Remo e Paysandu inclusive, não devem ser financiados com dinheiro público.
Não devem.
São organizações privadas, particulares. E têm meios de financiar-se sozinhos.
Não se financiam sozinhos porque sempre optam por administrações caóticas.
É isso.
Só mesmo o futebol para unir os dois maiores grupos de comunicação do Pará. Os Maioriana e os Barbalhos estão acusando o golpe: perda de audiências pelas suas emissoras, afiliadas das grandes redes nacionais de televisão. E como perda de audiência significa queda no faturamento (e a possibilidade de contrariar os donos da mídia nacional), então os prepostos de RBA e TV Liberal passaram a ter o discurso único,ou seja, que os clubes estão reclamando. Ora, ora, ora. Ninguém tem culpa se o porgrama do Grande Irmão perde audiência em Belém. Arranjem outra desculpa para unir colunistas e cronistas das ORM e RBA. Só o futebol mesmo.
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