No AMAZÔNIA:
O preço do aluguel no Pará está entre os cinco maiores de todo Brasil. De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Pará (Creci), cerca de 30% dos habitantes de Belém moram de aluguel em contratos feitos com imobiliárias. Mesmo com o setor em expansão, a capital tem o 5º metro quadrado mais caro do país, segundo o Creci. Para Jaci Colares, presidente do Creci, os altos preços são explicados pela lei da demanda e oferta. O alto déficit habitacional do Estado faz com que a procura por aluguéis seja alta, pressionando os preços. Além disso, Colares acredita que os paraenses já se acostumaram com o mercado e, se tem renda disponível, acabam fechando o contrato.
Na capital, o bairro do Marco, segundo especialistas do setor imobiliário, é a região mais procurada por quem pretende se mudar. Para Karime Ayoub, gestora comercial de uma imobiliária local, a localização vem sendo um ponto chave para o fechamento de contratos. 'O bairro do Marco está mais valorizado, devido diversos fatores: tem várias ligações com o centro comercial de Belém, não sofre com os rotineiros congestionamentos de algumas vias, como na área central da cidade, e é bastante arborizado', afirma. Além do Marco, os bairros do Umarizal, Nazaré e Batista Campos também estão sempre na lista de quem pretende alugar um imóvel e, conseqüentemente, possuem os preços mais altos da capital paraense.
O corretor de imóveis, Luis Fernando Sousa, afirma que um apartamento no Marco pode custar mais caro do que na Avenida Almirante Tamandaré, se o primeiro estiver em melhor estado de conservação. 'O centro agora é o Marco, porém, a situação do imóvel é que faz o preço. Mesmo assim nossos valores estão entre os mais altos do Brasil. No centro de Santa Catarina, por exemplo, um aluguel custa R$ 600. Se fosse em Belém, o mesmo imóvel (...) não sairia por menos de R$ 1000' afirma.
A procura por imóveis no centro vem caindo, segundo o corretor de imóveis, Ivaldo Fontes. Para ele, as áreas da Batista Campos e Nazaré tinham os aluguéis mais caros há dez anos, contudo, a busca por outros bairros fez com que os preços baixassem.
Hoje um imóvel considerado simples, composto por uma sala, dois quartos, um banheiro e garagem, custa em média R$ 1,3 mil no Marco. Se este mesmo imóvel fosse na Avenida Nazaré, o locatário pagaria R$ 800, e, na Rodovia do Coqueiro, R$ 500. Segundo pesquisa feita junto a uma imobiliária local, o aluguel de um apartamento de luxo, com três suítes, salas de estar e jantar, copa e cozinha, de fino acabamento, no centro de Belém, pode chegar a R$ 3,9 mil. Já no bairro do Coqueiro, por exemplo, o aluguel de um apartamento novo custa cerca de R$ 650. Mesmo com os preços altos, o mercado evoluiu 40% nos últimos 12 meses, avalia o corretor.
A realidade é que aqui em Belém continua a loucura dos preços estratosféricos para compra de imóveis, novos ou usados.
ResponderExcluirSem opção, acaba-se caindo no aluguel.
Um parâmetro dessa loucura: pelo preço de um apartamento de 2 quartos em Belém, compra-se um 3 quartos sendo 1 suíte em Fortaleza, cidade fortemente turística.
E a duas, eu disse duas, quadras da orla das praias!
Quem não acreditar, olhe os classificados de imóveis nos jornais de Fortaleza.
Aliás, lá os classificados de imóveis, em sua maioria, mencionam os preços, algo muito interessante.
Já por aqui...nada.
Por que será que em Fortaleza se constroi apartamentos 30% , em média, mais baratos do que em Belém?
Lá, também, os aluguéis são mais baratos do que aqui, por que?
Mistérios de uma Belém (aparentemente) pobre, onde se lança prédios de luxo.
E que são , quase sempre, rapidamente vendidos.
Por que, hein?
Será que um dos motivos é de que estah havendo muita lavagem de dinheiro no setor?
ResponderExcluirCompram-se apartamentos na planta por preços estratosféricos, até o momento de receber o imóvel e, como não podem registrá-los, passam adiante. Com o valor, compram-se outros imóveis, e a ciranda continua. Resultado: pressionam também os preços dos aluguéis, por que o cidadão não tem renda suficiente para disputar com os "barões".
Seria interessante se o MP investigasse as transações com os imóveis ainda na planta , não ?
abs
Jorge Alves
O esquema de vendas do imovel na planta é muito simples, a construtora coloca um preço, o comprador besta vai lá e compra, a construtora vê que o povo aqui é besta mesmo, aumenta e o que acontece, os bestas querendo aparecer vão lá e pagam. Simples assim, enquanto houver gente besta que não tem noção, os apartamentos vão custar mais caro, é que nem salinas, tá cheio de gente besta que aceita pagar qualquer preço só pra mostrar que tem.
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