quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Corrupção ronda a Curuzu

No AMAZÔNIA:

Falta de transparência, centralização e nepotismo. Às vésperas das eleições presidenciais bicolores, surgem diversas acusações contra Luiz Omar Pinheiro, presidente em exercício e único candidato ao cargo no Paysandu. O primeiro a desabafar foi o advogado Alacyr Nahum, que levantou suspeitas sobre a venda do meio-campista Fabrício ao futebol da Turquia. Depois, Christian Costa, ex-superintendente de marketing do Paysandu, declarou à imprensa que o 'caos' se instalaria no clube se Luiz Omar fosse reeleito. E, ontem, o ex-diretor de marketing do Papão, Ricardo Gluck Paul, aumentou o volume de denúncias contra o dirigente.
Gluck Paul acusou Luiz Omar Pinheiro de centralizar a administração bicolor e contratar parentes para ajudá-lo a comandar o Paysandu. Contudo, a principal denúncia feita pelo ex-diretor de marketing é sobre o projeto 'Seu Time é sua Energia', firmado com a Rede Celpa em 2007. 'A diretoria do Paysandu começou a desviar os recursos da Celpa para outros fins', revelou. 'Por exemplo, um dos diretores organizou uma festa no restaurante da sede social, alugado para o Treviso. E, como não pagaram a conta, a empresa se negou a pagar parte da conta de luz do prédio. Os diretores, então, pagaram essa conta com o dinheiro da Celpa.'
Até setembro, quando deixou o Paysandu, Gluck Paul garante que o clube recebia, mensalmente, cerca de R$ 20 mil da parceria com a Rede Celpa. 'Esse problema é pior do que o do Fabrício. Seis mil torcedores estão sendo enganados. Era esse o número de bicolores que contribuía com o projeto. Temos um compromisso com os torcedores que estão doando. Quando houver a auditoria dessas contas, será constatado o desvio dos recursos. Se o Conselho Deliberativo tiver coragem, derrubará o presidente', argumentou o ex-diretor, que, apesar das denúncias, não formou uma chapa de oposição ao presidente Luiz Omar Pinheiro.
A denúncia de Gluck Paul, na verdade, é uma resposta às declarações de Édson Pinheiro, irmão e assessor do presidente Luiz Omar, publicadas com exclusividade em O LIBERAL e no Amazônia. Édson acusou o ex-diretor de marketing do Paysandu de receber 20% de comissão em cada anúncio publicitário do clube. 'Felizmente, consegui um bom relacionamento com a imprensa', diz Ricardo Gluck Paul. 'E os anúncios para os jornais e televisões foram todos de graça. Agora, ou esse cara admite que falou besteira ou vai sustentar o que disse. Aí vou cobrar na Justiça do Trabalho, porque não recebi nenhum centavo do Paysandu.'

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