No AMAZÔNIA:
Policiais federais e promotores do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc), do Ministério Público do Estado, estouraram ontem, no Marco, o que os investigadores dizem ser a central do jogo do bicho na região metropolitana de Belém. Segundo a Receita Federal, e com base apenas no que foi encontrado ontem no local e em uma análise preliminar, naquele endereço era arrecadado, por dia, em torno de R$ 1 milhão. Isso significa que, mantida essa média diária, são R$ 30 milhões por mês ou em torno de R$ 400 milhões apurados por ano. Não houve prisões, foram apreendidas seis armas de fogo (revólveres 38 e pistolas 765 e 380) e R$ 81 mil.
Pelas características do imóvel, o promotor de Justiça Milton Menezes, coordenador do Geproc, definiu a casa como uma 'fortaleza' do Parazão, empresa que reúne todas as siglas do jogo do bicho na capital. O imóvel fica na travessa do Chaco, entre as avenidas 25 de Setembro e Duque de Caxias. Também participaram da operação, batizada de 'Arca de Noé', policiais civis e militares. Segundo o promotor, a PF investigava, a princípio, a existência de segurança privada irregular naquele imóvel. É irregular por não ter a autorização da PF. No decorrer das diligências, os investigadores chegaram à organização do jogo do bicho.
Investigações - As investigações começaram há cerca de quatro meses. 'O jogo do bicho hoje se concentrou só na marca Parazão e aqui é a central do jogo do bicho. Vamos dizer que aqui é a fortaleza do jogo do bicho', disse o promotor. Segundo ele, o jogo do bicho é uma contravenção, embora secular e tolerada pela sociedade e, também, pelas autoridades. 'Mas chega um momento em que não se pode tolerar mais, porque já está muito acintoso. Hoje, cada esquina tem agência do jogo do bicho. A imagem de Belém ficaria tremendamente arranhada com o Fórum Social Mundial (que será realizado em janeiro de 2009). As pessoas do exterior vendo isso. É chegada a hora de fazer uma limpeza na cidade. Acabar com a jogatina', garantiu o promotor.
Menezes disse que será verificada a conduta de cada um. 'Quem estiver portando ilegalmente arma de fogo será preso, em flagrante, por porte ilegal de arma. Os demais serão enquadrados na contravenção, lavagem de dinheiro e outros ilícitos que porventura a gente detectar após o levantamento', disse.
Em outras palavras, esconderão o lixo debaixo do tapete. E depois ?
ResponderExcluirAlguém quer apostar como não vai dar em nada?
ResponderExcluirE as "lojas" de jogo-do-bico, abertas, escancaradas, com letreiros, anúncios de resultados.
Não estou falando de banquinha na calçada, não. São diversos pontos "comerciais" em toda a cidade, com balcão de atendimento e toda a estrutura de um negócio como outro qualquer.
Vai ver que aceitam até cartão de crédito..rs
Será?
É um tipo de contravenção tão aceita que tem até representante no senado, com pretensões a chegar ao Governo do Estado!
ResponderExcluirEngraçado... Nenhum policial preso!
ResponderExcluirSerá que eles não descobriram ou identificaram o que todo mundo sabe?
Não acredito que em nenhuma parte da investigação aparece o valor pago às otoridades da polícia.
Eitha navalha cega!!!!!
"A imagem de Belém ficaria tremendamente arranhada com o Fórum Social Mundial (...). As pessoas do exterior vendo isso. É chegada a hora de fazer uma limpeza na cidade."
ResponderExcluirEstou perplexo ! Quer dizer que se não fosse o Forum Social Muncial tudo continuaria como antes ?! Foi exatamente isso que o Promotor deu a entender. Que o Poder Executivo se preocupe em "disfarçar" a cidade para os visitantes que virão a Belém, entende-se. Agora, que essa razão(estética da cidade) seja o móvel da ação do MP, não dá pra entender... O MP deveria coibir o jogo do bicho pela sua ILICITUDE, não pela questão da "estética" da cidade. Data venia, como dizem os da área do Direito... Depois, não querem que o MP Estadual seja visto como um prolongamento do Poder Executivo Estadual...