quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Bom senso e respeito à ética no jornalismo

Da jornalista Hanny Amoras, sobre a postagem Juiz rejeita liminar em ação proposta contra três jornais:

Muito sensato o despacho do juiz Marco Antonio. Mas, pessoalmente, eu observo sensacionalismo na publicação de determinadas fotografias nas páginas policiais. Há doses de exagero e sabemos que é para vender jornal em cima da desgraça alheia. Parece-me que isso, infelizmente, vem crescendo. Às vezes, eu me recuso a ler os cadernos de Polícia.
Concordo que não é o caso de colocar o peso da Justiça sobre a escolha das imagens. É o caso, sim, de bom senso, de respeito à ética, de olhar jornalístico sobre tragédias e dramas pessoais. E temos excelentes repórteres fotográficos que sabem executar perfeitamente essa tarefa.
Fico na torcida para que nossos jornais pensem e repensem sobre esse fato, para o bem comum.

Um comentário:

  1. O problema todo está nas fotos.
    São as imagens o ponto principal desse assunto, sem dúvida.
    Alí se encontra toda a carga de sensacionalismo, sordidez e falta de respeito a pessoa humana e seus dramas pessoais.
    Total ausência de bom senso.
    E os jornaleiros usam e abusam de oferecer esse "atrativo" de horror, mostrando ao público as fotos de capa nas ruas e esquinas.
    Já tive o desprazer de ver um pedaço de perna com osso aparecendo (em close!); massa encefálica e por aí vai; sangue e mais sangue.
    E pior ainda é ver que há "leitores-vampiros" de passagem, que param nas bancas para ver!
    Com um mínimo de bom senso, respeito e ética, certamente não será difícil encontrar um nivel aceitavel para se publicar a notícia sem recorrer a essa hemorragia desnecessária e degradante.

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