domingo, 26 de outubro de 2008

A provocação inútil. Afinal, é campanha.

Campanhas, vocês sabem, não são civilizadas, não são cordiais.
Nem em Harvard. Nem na Suíça. Nem na Suécia.
Nem em Belém, por conseguinte.
Ontem à noite, por volta das 20h, os amarelinhos Duciomar – uns 20, mais ou menos - tremulavam suas bandeiras bem na esquina da Mundurucus com a Doutor Moraes.
Bem na esquina.
A uns 50 metros dessa esquina situa-se a sede do PMDB, àquela altura fechada.
E um pouco mais adiante, próximo àquele trevo que demarca os cruzamentos da Mundurucus, Doutor Moraes e Benjamin, estava estacionado um carro.
Era um carro-som.
Um carro-som que inebriava os amarelinhos de Duciomar.
Do carro-som, ouviam-se os tons de marchinhas contra Priante.
Por que faziam aquilo bem ali, na rua, uma via pública, mas perto da sede do PMDB? Faziam aquilo apenas para provocar o adversário.
E por que provocavam?
Se respondessem, certamente diriam que não faziam mais do que a campanha do adversário. Ou por outra: que apenas respondiam às provocações da campanha do adversário.
Era necessário esse tipo de provocação inútil, que outra utilidade não tem senão a de provocar?
Claro que não.
Mas é que estamos em campanha eleitoral.
Campanhas, vocês sabes, não são civilizadas, não são cordiais.
Nem em Harvard. Nem na Suíça. Nem na Suécia.
Nem em Belém, por conseguinte.
Não deveria ser assim.
Mas é assim.
Infelizmente, é.

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