O blog postou ontem “Um Poema de Amor”, uma das mais populares e conhecidas canções do maestro santareno Wison Isoca Fonseca.
Seu filho, o também compositor e magistrado Vicente Malheiros da Fonseca, mandou para o Espaço Aberto um e-mail em que conta como nasceu essa pérola musical:
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O bolero "Um Poema de Amor" (1953) foi concebido na porta da casa de Wilson Fonseca, em Santarém.
Num fim de tarde, o quinto filho do compositor, José Agostinho da Fonseca Neto (Tinho), recém-nascido, estava chorando incessantemente. O compositor, então, afastou-se da criança e a deixou aos cuidados de sua esposa. Foi até a porta da casa e ficou mirando o pôr-do-sol. Nesse exato, momento veio a inspiração, letra e música, de uma só vez. Wilson Fonseca, nessa ocasião, dirigiu-se à sua mesa de trabalho e anotou a música e a letra.
Do choro do bebê e da vista do ocaso surgiu a composição do bolero, como que para acalentar o choro do filho e homenagear o arrebol, fenômeno que já inspirara Wilson Fonseca na composição do noturno "Santarém, Pôr-de-sol", escrito para Piano, em 1951, e, posteriormente, transcrito para Duo de Violino e Piano.
Assim nasceu uma das mais conhecidas músicas de Wilson Fonseca.
Todos dizem que é muito bonito o pôr-do-sol em Santarém, cidade localizada à foz do rio Tapajós (afluente do rio Amazonas), considerado "o mais lindo rio do mundo", por cientistas e turistas.
O bolero "Um Poema de Amor", uma das composições mais conhecidas de Wilson Fonseca (maestro Isoca), foi gravada por diversos intérpretes. Na discografia do Maestro, registrei mais de 20 gravações, desde a primeira, em 1970, pelo cantor Odilson Matos e o Conjunto "Os Hippies", de Santarém (PA), ainda na época do vinil.
Uma das execuções mais emocionantes da música foi durante o recital "Encontro com Maestro Isoca", em janeiro de 2002, no Art Doce Hall, em Belém, na presença do próprio compositor, quando "Um Poema de Amor" foi interpretado pela irmã de Wilson Fonseca, Maria Annita Fonseca de Campos (com 90 anos), acompanhada por suas netas Andréa Campos (violino) e Tânia Campos Kier (viola), além de Douglas Kier (violoncelo). Há um CD que registra o evento.
Eu escrevi vários arranjos para esta composição de meu pai, todos praticamente inéditos.
muito bom essa materia ,jamais imaginaria encontrar a historia dessa musica
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