quarta-feira, 28 de maio de 2008

Greve continua; 40% dos ônibus rodam.


No AMAZÔNIA:

A greve dos rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba continua por tempo indeterminado. Ontem, mesmo depois de mais de sete horas de negociação, desta vez na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região (que engloba Pará e Amapá), empresários e trabalhadores não chegaram a um acordo. A questão agora deverá ser decidida pela Justiça, em dissídio coletivo. A categoria garantiu, no entanto, que 40% da frota estarão circulando para atender à população. Os trabalhadores também informaram que realizarão uma nova assembléia a partir das nove horas de hoje, em local a ser definido, para discutir os rumos do movimento.
A reunião intermediada pela desembargadora Francisca Formigosa, presidente em exercício do TRT, teve início às 14h30 e não pôde ser acompanhada pela Imprensa. Durante toda a tarde e parte da noite, houve vários intervalos para que os grupos analisassem as propostas isoladamente. A cada retorno à sala, novos impasses se formavam.
A primeira sugestão da desembargadora previa um reajuste de 8% nos salários, que seriam pagos gradativamente (os rodoviários receberiam um reajuste de 6% em maio e dois acréscimos de 1% a cada 45 dias); aumento de R$ 40 no tíquete-alimentação, que passaria de R$ 220 para R$ 260; e acréscimo no valor destinado ao serviço de assistência médica do trabalhador. De R$ 80 mil, ele passaria para R$ 90 mil em Belém, e de R$ 16 para R$ 24 mil em Ananindeua. A proposta foi rejeitada pelos empresários, que alegaram não ter renda.
O presidente da patronal, Mário Martins, disse que o empresariado sofreu um baque com os 10% de reajuste sobre o preço do óleo diesel. E, apesar de dissociar o aumento dos rodoviários do acréscimo da passagem, disse que a despesa com combustível aliada a outros materiais e o reajuste nos salários, com certeza faria necessário um pedido de revisão da tarifa. 'Nós chegamos a proposta de 6% no salário, com tíquete refeição e clinica 10 mas não aceitaram. Não tem condições de modificar essa proposta', disse.
Na última proposta apresentada pela juíza Francisca Formigosa foi sugerido o reajuste de 7% nos salários, mais R$ 250 no tíquete alimentação e o mesmo aumento no repasse da clínica médica. Mais uma vez, os empresários recusaram. Eles lançaram uma contraproposta de reajuste de 5,9% nos salários e de 10% no tíquete-alimentação e no auxílio-saúde. Aí, foi a vez de os rodoviários recuarem.

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