quarta-feira, 2 de abril de 2008

GTS garante que moratória da soja protegeu a Amazônia

A moratória da soja, anunciada em julho de 2006 para combater o desmatamento no bioma Amazônia, já apresenta resultado: não há soja plantada em áreas de novos desmatamentos na região. É o que diz o primeiro monitoramento da moratória da soja, que acaba de ser divulgado pelo Grupo de Trabalho da Soja (GTS), em relação ao período de agosto de 2006 a junho de 2007.

A moratória foi um compromisso estabelecido entre indústrias e exportadores associados à ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) e à ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) de não adquirir soja oriunda de novos desmatamentos na Amazônia.

O GTS ficou responsável pela implementação e controle do processo da moratória, tendo contratado a empresa Globalsat para localizar os desmatamentos acima de 100 hectares, ocorridos no período citado, nos municípios que cultivam soja nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Foram utilizados dados do sistema PRODES, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A empresa realizou sobrevôos e visitas de campo a todas as áreas desmatadas acima de 100 hectares, para identificar o tipo de uso do solo. Todas as áreas foram fotografadas e documentadas.

A constatação desse trabalho foi que não ocorreu plantio de soja nas 193 áreas analisadas, "o que leva à conclusão de que a soja produzida na presente safra não é originária de desmatamentos recentes, acima de 100 hectares, no Bioma Amazônia", diz o relatório do GTS.

O relatório explica que as empresas e ONGs acordaram que o monitoramento abrangeria somente os desmatamentos acima de 100 hectares, que é o avaliado como sendo a área mínima desmatada, economicamente viável, para o cultivo do grão. Mesmo assim foi desenvolvido, adicionalmente, um estudo piloto em três municípios tradicionais produtores de soja, localizados na área prioritária da moratória, para verificar se havia desmatamento menor que 100 ha no mesmo período e, em caso afirmativo, verificar o que havia sido cultivado nas áreas. Também não havia soja plantada nessas áreas.

 

Leia mais no Pará Negócios, o site que tem como editor o jornalista Raimundo José Pinto.

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