No AMAZÔNIA:
A reitoria da Universidade Estadual do Pará (Uepa) está ocupada por estudantes desde a tarde de ontem. A exemplo da Universidade de Brasília (UNB), os estudantes prometem impedir o funcionamento da administração até que a governadora Ana Júlia Carepa atenda suas reivindicações. Eles exigem a destituição da diretoria temporária, a anulação da última eleição para reitor e a convocação de um novo pleito.
A ocupação foi decidida em assembléia que reuniu cerca de 70 pessoas. Aproximadamente 43 votaram a favor. Outras 13 preferiram novas tentativas de negociação e três se abstiveram. A contagem não foi tão precisa, mas a maioria venceu com folga, apesar do diretor de extensão questionar a legimidade frente ao universo de 12 mil estudantes.
Sob o coro de 'se não tiver autonomia, os estudantes ocupam a reitoria', eles saíram do hall e montaram acampamento na porta do reitor e dos demais diretores. A essa altura, essas salas já estavam trancadas, pois, o expediente administrativo e as aulas foram suspensos antes do início da audiência pública que acabou em ocupação.
Estudantes e representantes do Sindicato dos Docentes da Uepa (Sindiuepa) acusaram a administração de tentar esvaziar a mobilização. Representando a reitoria, o diretor de extensão, Manoel Maximiano, defendeu o comando temporário e sugeriu novas tentativas de diálogo, mas foi vencido.
Na verdade, as reivindicações são todas encaminhadas à governadora, que não compareceu à audiência pedida por eles. Eles também cobram o fim da lista tríplice, submetida à escolha da governadora, e o fim do voto proporcional que dá maior valor ao voto dos servidores que dos alunos. Reivindicam, ainda, a anulação do decreto que nomeou a diretoria pró-tempore e a escolha de uma substituta, através de consulta a estudantes e servidores.
Para os estudantes, até que seja resolvido o impasse da última eleição, a atuação da diretoria pela governadora é 'antidemocrática' porque não foi submetida à academia e está sob desconfiança por ter componentes que integraram a administração passada, acusada de desvio de recursos.
Manifestantes pedem autonomia em pleito
O movimento pelas novas eleições também incorporou antigas reivindicações de movimentos estudantis e sindicatos de servidores, como a autonomia. Ao invés disso, criticam, a Uepa se mantém subordinada a órgãos, como agora, da Secretaria Estadual de Educaçação (Seduc), com a expansão sujeita às negociações políticas.
Durante a audiência, os estudantes cobraram maior autonomia, como a experimentada pela Universidade de São Paulo (USP), onde a administração tem participação direta no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. No Pará, não há sequer definição de percentual para repasses anuais.
Eles acreditam ainda que a subordinação facilita a expansão por meio das parcerias políticas ou econômicas para formação de mão-de-obra, preterindo a formação cultural e moral dos universitários. Essas questões são apontadas por eles como pauta para que o governo reveja o papel da universidade.
Os manifestantes têm apoio de movimento estudantil de oposição à atual diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sinduepa e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Como pode? Menos de 50 pessoas fazerem isso?
ResponderExcluirCaro poster, ande pelos campi da UEPA no interior e na capital e veja se existe paralização
Essa UEPA....