segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Eleições comprovam, mais uma vez, a vitalidade do Remo




Mas que vitalidade a do Remo, hein, meus caros?
Independentemente de preferências clubísticas, reconheçamos, admitamos e proclamemos: o Remo, nas eleições do último sábado, deu mais uma prova de sua vitalidade.
Um clube que há dois ou três meses estava no limbo da Série D.
Um clube que enfrenta uma situação financeira caótica, desastrosa.
Um clube que, não bastasse a afetação de seu patrimônio em decorrência de sua bagunça financeira, ainda conta com a preciosa colaboração de remistas apaixonadíssimos, que ajudam a comprometer, para não dizer destruir, os bens que ainda restam e precisam, por isso, ser preservados.
Mesmo assim, quatro chapas concorreram às eleições. E mais de 2 mil associados compareceram para votar. Do lado de fora, talvez cerca de mil remistas participaram ativamente, apoiado seus candidatos.
Olhe as fotos que ilustram esta postagem, todas feitas pelo Espaço Aberto, no final da manhã do último sábado, dentro do ginásio Serra Freire e nas imediações da sede do Remo, na avenida Nazaré.
As imagens falam por si mesmas.
A movimentação era igual à de eleições para mandatos parlamentares e do Executivo, a cada dois anos.
Toda essa vitalidade precisa ser canalizada pelo bem do clube. André Cavalcante, eleito presidente com 777 votos, no último sábado. já terá dado um passo importantíssimo se compreender isso. Espera-se que compreenda em plenitude.
Era isso que o Espaço Aberto gostaria de ouvir do próprio André, mas ele não seu retorno.
De qualquer forma, sua missão será muito complicada. Será desafiadora em todos os sentidos.
Ele e Fábio Bentes precisam manter a transparência que norteia o programa Sócio Torcedor.
Precisam integrar-se a todas as correntes que integram o Remo e integrá-las para que possam unir o clube.
O Remo não é de fulano, beltrano ou sicrano. É dos remistas - sejam eles grandes beneméritos, cardeais, milionários ou gente simples e anônima (a enorme, esmagadora maioria) que espera receber o salário, ao final de cada mês, para reservar o valor do ingresso que lhe permitirá acompanhar o clube nos estádios.
Em comentário na postagem sobre a eleição de André Cavalcante, que o blog fez em sua página no Facebook, o grande benemérito e ex-presidente do Remo Ronaldo Passarinho escreveu, singela e emblematicamente o seguinte:

Paulo, sempre preguei, no amado Clube do Remo, união após o pleito. Entendo que o Remo não é partido político, que após assumir o poder tenta a destruição de seus adversários. Desde muito cedo, tenho uma máxima comigo: pouco importa quem é o presidente; o Remo está acima de tudo. Quero ter alegrias permanentes. Meu DNA é 100% azul marinho. Meu pai me fez sócio em 1952. Meus tios, Saint-Clair, no time profissional, e Jarbas, no time juvenil, foram campeões com a gloriosa camisa do CR. O hino diz: " se um dia formos unidos para a luta..."! Vamos atender à convocação feita pelo presidente André".

A convocação a que Ronaldo se refere, você pode ler aqui.
Assim é que deve ser.
Com a eleição de André Cavalcante e com o segundo lugar conquistado por Miléo Jr., os remistas deram uma demonstração eloquente e evidente de que o Remo não deve ser tratado como um trampolim político para quem quer que seja.
Remistas - verdadeiros, genuínos, sinceros, que têm o DNA 100% azul marinho, como ilustra Ronaldo - devem colocar o Remo sempre, sempre e sempre em primeiro lugar, e não subordiná-lo a outros interesses, que até podem, reconheçamos, ser legítimos, mas não podem e nem devem ter preponderância sobre a honrosa missão de dirigir o clube.
André Cavalcante, Fábio Bentes e os demais que compuserem a diretoria remista têm todas as condições de fazer - bem, muito bem - pelo bem do Remo.
Mãos à obra, pois.







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