terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Projovem apresenta problemas

No AMAZÔNIA:

A bolsa-auxílio de R$ 100,00 que deveria ser concedida aos participantes do Projovem Trabalhador não está sendo repassada aos alunos. De acordo com eles, o benefício, que está atrasado há mais de três meses, serviria de estímulo para os alunos não abandonarem o curso. Além disso, o vale-transporte é motivo de reclamações. Eles denunciam a irregularidade do serviço e afirmam que o atraso prejudica o prosseguimento dos estudos.
O programa educacional do governo federal é uma parceria da Prefeitura de Belém com o Ministério do Trabalho. O objetivo é preparar jovens entre 18 e 29 anos para o mercado de trabalho, por meio da qualificação profissional. Com medo de represálias e, até mesmo, de perder a oportunidade, poucos alunos quiseram comentar o problema. Um estudante confirmou a ausência do repasse da bolsa desde agosto deste ano.
'Só nesse semestre já entraram duas turmas, uma agosto e outra em setembro. Nenhuma das turmas recebeu a bolsa durante esse período. Já fomos buscar o cartão que nos dá direito a retiradas, mas até agora nada. O que falaram para gente era que o dinheiro sairia na quarta-feira', afirmou.
O benefício é concedido pelo período de seis meses, tempo de duração dos cursos profissionalizantes. A carga horária é de 350 horas semanais. O problema afeta a vida estudantil dos participantes do Projovem Trabalhador. De acordo com outro aluno, que também preferiu não se identificar, alunos ainda não receberam o cartão que dá acesso ao saque do benefício.
'A gente vai ao banco e o dinheiro não está disponível. Isso se arrasta desde o início do semestre. É pouco, mas preciso desse dinheiro para ajudar nos estudos e em casa. Fica complicado contar com esse dinheiro e não ter depois. O vale-transporte é outro problema. As passagens não têm uma regularidade e caem aleatoriamente na nossa conta', declarou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) esclarece que os cartões bancários estão disponíveis nas agências do Banco do Brasil (Pedreira) para os alunos de Belém, na agência de Mosqueiro para os matriculados na ilha, e na agência de Icoaraci para os estudantes do Distrito e Outeiro. A Sejel informa ainda que sem buscar o cartão, o aluno fica impossibilitado de receber o recurso. 'Somente após a entrega do mesmo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) poderá liberar as cotas da bolsa. O recurso referente a quatro cotas será liberado ainda este ano, mas somente para aqueles que já estão de posse do cartão', informa a nota.

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